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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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o~o -~~~",,- ~ ---::2!!l!!!_296 o JUROro constituem juntas a soma das oportunidades de utilização de que cada pessoaindividual dispõe para seus bens presentes. Obedecen<strong>do</strong> a princípios conheci<strong>do</strong>s,o estoque de bens é destina<strong>do</strong> a essas oportunidades de utilização de tal mo<strong>do</strong> quese aproveitam primeiro as oportunidades de emprego mais importantes, e depoisse desce às demais. Aqui, porém. deve-se notar que os empregos para a produçãodestinada ao futuro, compara<strong>do</strong>s a empregos para atender a necessidades <strong>do</strong> momento,são obriga<strong>do</strong>s a conformar-se com a redução por diferença de perspectiva,que bem conhecemos. Se, por exemplo, alguém avalia, de acor<strong>do</strong> com sua situaçãosubjetiva, uma utilidade que ocorrerá no ano próximo, a 10% menos <strong>do</strong> queuma utilidade presente de grandeza igual, uma utilidade futura de 110 será equiparadaa uma utilidade presente de apenas 100 e, conseqüentemente, no momento -..:::-­de se escolher as oportunidades de emprego a serem agroveitadas, terá seu lugardepois de uma utilidade presente de, por exemplo, 102. E a última utilização, aindacoberta, segun<strong>do</strong> esses princípios, pelo estoque de bens, que determina, da maneiraque conhecemos, a utilidade marginal e ao mesmo tempo o valor da unidadede bem.- ~':Podem aqui ocorrer os seguintes casos. Primeiro: o indivíduo está mal supri<strong>do</strong>no presente. Nesse caso, as necessidades urgentes no momento absorverão exclusivamentepara si o pequeno estoque de bens presentes, e estes, pelo fato de ser pre­=-::-i"Jcário o suprimento no presente, passam a ter um valor alto e uma superioridade7'=5em relação a bens futuros. Aquele que está passan<strong>do</strong> fome prefere bens presentesporque é obriga<strong>do</strong> a consumi-los no presente. Nesse caso, estão fora de questão,por serem inadmissíveis <strong>do</strong> ponto de vista econômico, as oportunidades de empre­-,-,­go para a produção destinada ao futuro, pois é natural que ao presente, já mal su­--..::::pri<strong>do</strong>, não se pode subtrair ainda outros bens, e naturalmente as oportunidades de.::.._~utilização para a produção destinada ao futuro não influem sobre o valor ou a supe­:':':1rioridade <strong>do</strong> valor de bens presentes.: -:-:lSegun<strong>do</strong>: o indivíduo não tem para o presente um suprimento pior <strong>do</strong> que pa­ -~ra o futuro, mas tem uma preocupação maior em relação ao futuro. Esse caso levao"Aa um resulta<strong>do</strong> semelhante. Assim como no primeiro caso era a necessidade urgen­~;,:;tte, da mesma forma agora é a despreocupação <strong>do</strong> futuro que impede que se sub­::-:s:traiam ao consumo <strong>do</strong> presente partes <strong>do</strong> estoque de bens para investi-los na produçãodestinada ao futuro, e a mesma despreocupação pelo futuro faz também com queo consumo e o bem presente, que serve a este último, adquiram uma superioridadeem relação ao consumo e ao bem futuro. O esbanja<strong>do</strong>r consumista dá a bens pre­ :,~-:: ~sentes um valor maior <strong>do</strong> que a futuros porque quer. Se o suprimento precário se:·:raliar a uma preocupação reduzida em relação ao futuro, os efeitos <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is fatores :~9se reforçam, da maneira que já conhecemos.'Terceiro: o indivíduo dispõe de um suprimento abundante e ao mesmo tempo:-Jlise preocupa com o futuro. Nesse caso, naturalmente, os <strong>do</strong>is primeiros motivos da'" :li!superioridade de bens presentes não atuam, ou quase não atuam. Nessa situação,~---'::'3.j;"_-'~::~Fé economicamente admissível atender às necessidades <strong>do</strong> momento e ao mesmo::.:,: '::RItempo também investir uma parte <strong>do</strong>s bens presentes na produção para o futuro,e com isso o centro de gravidade econômico <strong>do</strong>s bens presentes, sua utilidade mar­:..::!. .3ginal e sua formação <strong>do</strong> valor se deslocam para um campo no qual os bens presen­JIi -dites passam a ter valor superior, em virtude <strong>do</strong> terceiro motivo, que é o da produtividade__ umaior. Um homem abasta<strong>do</strong> e previdente que possui 100 mil florins não precisa- ':::Jtiie não quer consumir seus 100 mil florins no presente, senão que em qualquer hipótesehaveria de guardá-los para servirem ao futuro. Mas se alguém lhe propusessetrocar seus 100 mil florins presentes por 100 mil futuros haverá de recusar este ne­-"~.Jgócio com toda a razão, pois com 100 mil florins presentes pode conseguir um su­

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