EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

o PRESENTE E o FUTURO NA ECONOM1A 277õ:eraonúmero bem expressivo de pessoas cuja renda provém em sua totalidade ou pre­~ :-:lesdominantementeda atividade pessoal, sendo de prever-se que essa renda cessaráem uma faixa etária mais avançada, quando se tornarem incapazes para o trabalho.Por exemplo, um empregado de escritório que está com 50 anos e tem uma rendaanual de 1 000 florins, deve contar com a possibilidade de, dez anos mais tarde,não possuir outra coisa senão talvez uma pequena aposentadoria de 300 florins,.alorque garantiu para si contribuindo para um instituto de seguros. Em se tratando de;:" -"Jnnosutilidade marginal do que de 1 florim que não estará disponível e não será gastaispessoas, é claro que de 1 florim empregado para atender ao presente bem me­:e'Jem::-:2 OSto senão no futuro quando estarão menos bem providos. Pareceria, assim, que para"õ:arãoeles um florim presente deveria ser estimado como tendo um valor menor do que:2terriamentetivessem de ser também utilizados no presente. Mas não é isso o que aconaqueleflorim futuro. E de fato assim seria, se bens disponíveis no presente necessa­:-. õJpritece.A maioria dos bens, por ter uma configuração indiferente, é durável e por isso:-::-.adac ::'Janbenspresentes e bens futuros é esta: os bens futuros naturalmente só podem serpode também ser guardada para servir ao futuro. Assim sendo, a diferença entre,,: Y1Ôempregadosno futuro; os bens presentes podem ser empregados para os mesmos.-:,;;. em":---. seepara aqueles futuros, para os quais houver oportunidade no período intermediáusosfuturos, e além disso - conforme se optar - também para o usos presentes~:: :nerioque vai do momento presente até ao período futuro considerado.~" -c.plo,:,õ:-:::io,Podem aqui ocorrer dois casos. Ou todos os usos pertencentes ao presente eao futuro mais próximo, que entram em questão para o prespectivo bem, são me­~ -: de- -':::lesnos importantes do que aqueles usos futuros, e nesse caso o bem presente será re­_-c. \'avalorde um bem futuro que pode ser colocado a serviço do mesmo uso. Ou, então,servado a estes últimos usos, e deles derivarão seu valor; 15 nesse caso, é igualo- :;ôesum dos usos anteriores é mais importante; nesse caso, o bem presente deriva dele~ s:;am:: gêsópode derivar seu próprio valor de uma utilização futura menos importante. Noroseu valor e, conseqüentemente, este bem presente supera o bem futuro, o qual:': -. ~~:ose-c malmente, porém, não se sabe, no presente, se, em virtude de algum imprevisto~~oqualquer,no futuro mais próximo haverá alguma necessidade urgente; em qual­!:-:- ~ara,a õ::,:naquer hipótese, esta é possível, o que oferece a um bem já presente uma chancec-:: ::)nsóse disporá no futuro; leva-se em conta esta chance - adotando o método quede utilização vantajosa, que naturalmente não existe no caso de um bem de que::: -c.:ca.conhecemos, o qual é errôneo, mas prático -, adicionando um acréscimo à gran­:,,·.úmdeza do valor do bem, acréscimo este graduado de acordo com a probabilidade dareferida chance. Visualizemos isto com números. Com 100 florins de que disporei~:" ;'Jriadentro de 5 anos contados a partir do presente (ano 1909), em qualquer hipótesesó posso conseguir a utilidade marginal que resultar da situação do ano de 1914.~~'al.Calculemo-la em 1 000 unidades ideais. Com 100 florins de que disponho já hoje,;-