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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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If io VALe?_2 JrotaAté aqui tu<strong>do</strong> seria muito simples e certo, se a expressão "ordem hierárc,;::::.;:--.8 dedas necessidades" não tivesse <strong>do</strong>is senti<strong>do</strong>s diferentes. Com efeito, com essa expres.s~:::~ :::ráxis pode-se entender ou a ordem hierárquica das espécies de necessidades ou a cas~2guro 1-tnecessidades concretas, isto é, <strong>do</strong>s sentimentos individuais de necessidades. As cuas-st:nti-Iorigens hierárquicas distinguem-se bem profundamente uma da outra. Se confrontqrmosas espécies de necessidades, como um to<strong>do</strong>, na base de sua importância.5:2. pela para o bem-estar humano, não há dúvida alguma de que à necessidade de alimen­:.1aistação se atribuirá o primeiro lugar, à necessidade de habitação e de vestir uma prio­_'" -. ~ :lciaIridade quase igual, à necessidade de fumo, de bebidas alcoólicas, de prazeres musicais:::c Jem­já se atribuirá uma importância bem menor, à necessidade de a<strong>do</strong>rnos e similares::: _2 ,tOes uma prioridade ainda menor. Bem diferente é a ordem hierárquica das necessida­:-.,: e 2) des concretas. Com efeito, dentro de uma e mesma espécie de necessidades, a ne­'" ::: suacessidade nem sempre é em absoluto igual. Nem to<strong>do</strong> sentimento de fome é deintensidade igual e nem toda satisfação de tal necessidade é de importância igual.-2: ;:"::1ta_ Por exemplo, a necessidade concreta de alimentação, para uma pessoa que já há'=:ostu­oito dias não comeu nada e que está perto de morrer de fome, tem uma importân­::-.:::'osascia infinitamente maior <strong>do</strong> que a de outro que, estan<strong>do</strong> senta<strong>do</strong> à mesa de jantar,..=5: atri­ já consumiu <strong>do</strong>is de seus três pratos costumeiros, e agora só deseja desfrutar ainda~:: :omo de um terceiro. Isso faz também com que a escala hierárquica das necessidades con­_ :: :Jao­cretas tenha uma configuração completamente diversa e apresente uma variedade2 :'.ossa muito maior. Na escala das espécies de necessidades, a "necessidade de alimenta­~:~:nen­ção" foi colocada sem qualquer distinção antes das necessidades de fumo, bebidas:::.xo naalcoólicas, de !f<strong>do</strong>rnos e similares, cruzan<strong>do</strong>-se aqui as necessidades das mais diver­~::--,:ortosas espécies. E verdade que também aqui as necessidades concretas mais impor­,.,c: Comtantes, pertencentes às espécies mais importantes, estarão em primeiro lugar, mas- c-..; uma as necessidades concretas menos importantes dessas espécies muitas vezes são su­.:: 25cala, peradas por necessidades concretas de espécies de menor importância, e os últi­1'_ :e for­ mos representantes das necessidades mais importantes talvez sejam superé!,das atéE_ :::2 ne­pelas mais importantes dentre as espécies de importância mais secundária. E exata­! :::-:::an<strong>do</strong> mente a mesma coisa que ocorre quan<strong>do</strong> se classificam pela altitude, ora as cadeias, TI. .'.esmo de montanhas <strong>do</strong>s Alpes, <strong>do</strong>s Pireneus, <strong>do</strong>s Sudetos, <strong>do</strong> Harz na sua totalidade,s.f: ::a dis­ora os picos individuais dessas cadeias de montanhas. Se classificarmos as cadeias: :::.oeça, de montanhas como totalidade, naturalmente os Alpes, como um to<strong>do</strong>, virão antesCC çonto<strong>do</strong>s Pireneus, estes virão antes <strong>do</strong>s Sudetos, estes antes <strong>do</strong> Harz. Se, porém, o confrontofor feito entre as elevações individuais, muitíssimos picos <strong>do</strong>s Alpes ocuparãoseu lugar depois de picos individuais <strong>do</strong>s Pireneus, alguns até só depois de pontos~: : _2 :enho altos da insignificante montanha <strong>do</strong> Harz.,..:..:: -.~o vou Surge agora a questão: segun<strong>do</strong> que escala se há de medir a importância quan<strong>do</strong>~ _-:-_ ~ tarefase tem de avaliar o valor de bens, a importância das necessidades cuja satisfação: _-:;:'f'cenc:~ : :ietiva­ depende deles; pela escala de necessidades ou pela das necessidades concretas?e::--::..-: :'e sua Colocada diante dessa encruzilhada - a primeira que propiciou oportunidade:.::::=....- ::'':11 umi:-: para um erro -, a teoria mais antiga escolheu o caminho erra<strong>do</strong>. Recorreu à escala-2~:nente• - : c ~grafiadas espécies de necessidades. Pelo fato de nessa escala a espécie necessidades de• c.- i Wisalimentação ocupar um <strong>do</strong>s lugares mais eminentes, ao passo que a espécie neces­:- =.=- :'"2úne,!:J- ~~agorosidade de a<strong>do</strong>rnos ocupa um lugar secundário, decidiu que, em termos bem gerais,-:-~~~~~sa<strong>do</strong>ro pão tem um "valor de uso" eleva<strong>do</strong>, as pedras preciosas têm um valor de uso baixo,e naturalmente supreendeu-se muito ao verificar que na prática o valor que se=-ó : ~'au de~:=:~:;aa~t~~reconhece aos <strong>do</strong>is tipos de bens é exatamente o inverso.A decisão está errada. O casuísta deve antes raciocinar assim: com um pedaço="'::3-.3-23 resul­~_ ~--=. :e seu de pão que possuo, posso satisfazer a um outro desejo concreto de fome, conformer::..-: _::a dasaparecer em mim, mas nunca poderei sartisfazer o conjunto de to<strong>do</strong>s os desejos~_=--~:-::::Tlente=- _ =~ -2xposide fome reais e possíveis, presente e futuros, que juntos perfazem a espécie necessi­dade de alimentação. Por isso, é manifesto que é totalmente inadequa<strong>do</strong> querer medir

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