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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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140 o CAPITAL COMO INSTRUMENTO DE PRODUÇÃOMas há ainda um terceiro caso possível. Os indivíduos podem também consumirem média mais renda <strong>do</strong> que têm, podem, ao invés de poupar, esbanjar seuestoque de riqueza. Pela nossa teoria, isso teria de levar a uma redução <strong>do</strong> capitalda nação, e assim é realmente. O processo passaria pelas seguintes etapas. Prevalecen<strong>do</strong>o esbanjamento, exige-se mais <strong>do</strong> que o produto de um círculo anual de forçasprodutivas para consumo em forma de bens de consumo. Forçada pela pressão<strong>do</strong>s preços, a produção cede à demanda. Se, por exemplo, a disposição até agoraera de que a primeira classe de maturidade <strong>do</strong> estoque de capital amadurecesseno ano corrente com 6 milhões de anos-trabalho, e da <strong>do</strong>tação corrente de trabalho,de 10 milhões de anos-trabalho, se empregassem 4 milhões na produção <strong>do</strong>presente e os demais 6 milhões para repor o consumo de capital. Mas, em razãoda suposta tendência <strong>do</strong>s habitantes ao esbanjamento, a demanda anual de bensde consumo aumenta, equivalen<strong>do</strong> ao produto de 12 milhões de anos-trabalho. Entãoos empresários da produção procederão mais ou menos da seguinte maneira. Da<strong>do</strong>tação corrente de trabalho, talvez apliquem não 4, mas 5 milhões de anos-trabalhona "produção atual", e conseqüentemente restringirão a complementação de capital,de 6 para 5 milhões de anos-trabalho. Com isso estaria atendi<strong>do</strong> um milhãoda demanda adicional. Ao mesmo tempo os empresários, mediante mudança dadisposição em relação aos bens de capital que admitem empregos múltiplos, talvezdirijam também o produto de um outro milhão de anos-trabalho das classes de maturidademais altas para a primeira, e dessa forma talvez o destinem ao consumo<strong>do</strong> ano corrente, e com isto fica atendi<strong>do</strong> o segun<strong>do</strong> milhão de demanda adicional:na realidade a economia de nação recebe agora para o consumo os deseja<strong>do</strong>s produtosde 12 milhões de anos-trabalho, 10 porém às expensas <strong>do</strong> estoque de capital:::r-a .'=:;iaJ'~L...~'iL~:â:.:â::ll~,::i,~..1,.. T-!~existente, o qual diminui de 2 milhões de anos-trabalho, por falta de reposição. L !:li! ~Talvez eu já tenha escrito demais para demonstrar uma verdade que é tão evidentee que certamente nunca teria si<strong>do</strong> posta em dúvida por parte de pessoas que 5t:iurra~,pensam com simplicidade e sem erudição. Qualquer criança sabe que um bem decapital, digamos, um martelo, primeiro precisa ser produzi<strong>do</strong> para existir. Igualmen­.~te claro para qualquer pessoa simples é que não se pode formar e aumentar um Cl!lIestoque de capital se continuamente se utilizar para o consumo toda a renda dispo­ 1nível, em outras palavras, se não se poupar nada. A tarefa de duvidar disso permaneceureservada à sagacidade de teóricos eruditos. Aliás, dificilmente se teria chegadcJ.'IIE IRea isso se, ao invés de apresentar formulários de teses sobre a formação de capital.i :iiI!!"os autor~s tivessem tenta<strong>do</strong> ilustrar bem plasticamente o processo da formação decapital. E aqui que reside toda a dificuldade - mas também quase a única - deSSe :=<strong>do</strong>utrinada Economia Política e de muitas outras; e aqui - gostaria de acrescentaé :IÕIIL.!..........- está também o motivo <strong>do</strong> descrédito e <strong>do</strong> insucesso de tantas deduções abstra­ "'....tas. Não é o méto<strong>do</strong> que merece a desconfiança, mas as pessoas que o empregarincorretamente. E seu erro - já que erros comuns de raciocínio no caso de pensc­...-.:.-­...<strong>do</strong>res bons só ocorrem a título totalmente excepcional - está na maioria das Vele, .-..nisto: não são capazes de projetar em sua mente imagem suficientemente clara i ",..",.vital <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s e processos que introduzem como pressupostos para seus raGioc'­nios dedutivos, oupelo menos não são capazes de ater-se firmemente a ela, cor.­ ""~força suficiente, através de to<strong>do</strong>s os estágios da dedução. Em vez de se aterem ~­~,........imagem, que lhes é pouco nítica ou desapareceu de sua mente, apegam-se entã: ,..,.._,-~10 ou seja: 6 milhões provenientes da qUantidade original da primeira dasse de maturidade, 1 milhão proveniente dc ~ a.SMforço acresci<strong>do</strong> em viriude de mudanças na disposição, e 5 milhões provenientes da <strong>do</strong>tação de trabalho <strong>do</strong> ano corre"i

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