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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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382 o JUROprietários de terras não superassem sozinhas o fun<strong>do</strong> de subsistência existente, nãohaveria ágio sobre os bens presentes e, como conseqüência, os capitalistas comotais não poderiam fazer valer exigências ao fun<strong>do</strong> de subsistência da sociedade: perden<strong>do</strong>uma renda proveniente de juros, teriam de manter-se como trabalha<strong>do</strong>res.Somente porque, por efeito <strong>do</strong>s demais setores da procura, o ágio existe de fato,os capitalistas podem obter uma cota <strong>do</strong> produto como renda e o fazem a títulode adiantamento. 4ü Sem dúvida, essa exigência de subsistência <strong>do</strong>s capitalistas influenciade mo<strong>do</strong> reflexo a taxa de juros. A situação,se compara ao que acontece,por exemplo, com a indução em correntes elétricas. E a corrente principal que provocaa corrente induzida, mas esta, por sua vez, passa então a influir sobre a intensidadeda corrente principal, reforçan<strong>do</strong>-a. Da mesma forma, a procura <strong>do</strong>s outrosgrupos existentes no merca<strong>do</strong> primeiro provoca a exigência de subsistência <strong>do</strong>s capitalistas,crian<strong>do</strong> o ágio; mas no momento em que este último existir como fato,desvia uma parte <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> de subsistência para a renda <strong>do</strong>s capitalistas; com issodiminui o resto disponível e portanto faz com que o atendimento nos demais setoresjá tenha de cessar ao nível de uma utilidade marginal mais alta, ocasionan<strong>do</strong>assim. em última análise, um aumento <strong>do</strong> ágio.Reunamos agora os traços esparsos num quadro de conjunto.Cada povo possui em seu estoque de bens acumula<strong>do</strong> um fun<strong>do</strong> de subsistência,maior ou menor. Dele consomem, em caráter definitivo, os maus administra<strong>do</strong>resque acabam com seu patrimônio,41 e os que procuram crédito ao consumi<strong>do</strong>r;dele consomem também, mas a título de adiantamento, os proprietários de terras,os capitalistas e os trabalha<strong>do</strong>res assalaria<strong>do</strong>s durante o perío<strong>do</strong> de produção dasociedade. 42 Quanto maior for o fun<strong>do</strong> de subsistência, tanto mais se pode prolongaro perío<strong>do</strong> de produção da sociedade e em tanto maior plenitude pode ser satisfeitaa necessidade de crédito ao consumi<strong>do</strong>r: a rentabilidade <strong>do</strong>s últimosprolongamentos de produção ainda possíveis e a avaliação - que corre em paralelocom ela - <strong>do</strong>s últimos concorrentes a empréstimo, que ainda chegam a ser atendi<strong>do</strong>s,determinam a grandeza <strong>do</strong> ágio sobre bens presentes.Isso posto, com base em nossa pesquisa agora completa, destacam-se comocircunstâncias concretas mais importantes que influenciam a taxa de juros, ou como"motivos determinantes" mais importantes da mesma, os seguintes fatores:Antes de tu<strong>do</strong>, os mesmos três fatores que já conhecemos acima como decisivos,com base na pesquisa das condições <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho em sua formamais abastrata, a saber:1. o montante <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> de subsistência da nação;2, o número <strong>do</strong>s produtores a serem provi<strong>do</strong>s por ele;3. a composição da escala <strong>do</strong>s montantes de produto excedente acarreta<strong>do</strong>spor prolongamentos crescentes <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de produção, incluin<strong>do</strong> os retornos excedentesdas prestações de serviços, que se podem obter mediante produção debens de consumo mais duráveis.dié.~:: -~mê.õ ""'.m::,,~:~:qL.;2 :õ::té~.=.:: :::té~. ,,- :m:._"- :.:re,r,::: ­50 :" -:-.::pU.ê~:::_Ui..:: .:::o C''';" ::. :go. " :-::ma.iô =:: :.;rioõ :" :2lha.~~: :: =co~.õ':_SUa.~2~,:~fur,:'= :2pre;: ,,5;meõ~.: '.;e\·e~.:_::_j:":: =.5lac:.:-.:: :_de ô_:ô.~3:: :~. -- ~_CC:-.:_~~=-·~-; :;,dE ::~- =.-.3TT.";;: :::.- -" ;.....::....:::fe:-::-' : _ _ _40 Será que Landry leu essa frase. ao escrever: "A lire ce que dit BOhm·Bawerk. on est porté a croire que le capitalisteest obligé. pour consommer, d'attendre que ses capitaux aient produit des intéréts"') (L'Intérét du <strong>Capital</strong>, p, 265.) Ver tam·bém ã repetida insistência com que afirmamos, nas palavras finais desta página, o caráter de adiantamento das rendasprovenientes de capital41 Ver acima, p. 323,42 Naturalmente, os membros <strong>do</strong> povo aqui não menciona<strong>do</strong>s, como mulheres, crianças, pessoas que prestam serviçospessoais, artistas, funcionários públicos, cria<strong>do</strong>s, também eles devem ser manti<strong>do</strong>s com o fun<strong>do</strong> de subsistência, mas nãohá por que enumerá-los em particular, pois não oneram diretamente o fun<strong>do</strong> de subsistência da sociedade, mas apenasas cotas de manutenção das categorias econômicas já mencionadas no texto. Virtuoses <strong>do</strong> violino, por exemplo, recebemuma parte das cotas de subsistência <strong>do</strong>s que freqüentam os concertos e os cria<strong>do</strong>s de um rico proprietário de terra sãopagos e manti<strong>do</strong>s com a renda fundiária dele.o c::-_: ~- =­tao :::--::-:-:. -,=:ma::: :_~ ._<strong>do</strong> ce: ., - -,ape:-.:;;: _- Jme:"",:,::te roc.::: _Impor:~ - :"::. :'os m:;::p,:::-.,; -;por 0:'::-:tamc'§- ::- =-­

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