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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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17 gz 'fi'f·O :17218 o VALOR E O PREÇO3. A exigência de raciocínio na práxis da avaliação 95•""Contra a teoria <strong>do</strong> valor subjetivo por mim apresentada se poderia objetar queela exige <strong>do</strong> homem comum reflexões complicadas, que este na realidade não efetuaria.O cálculo da utilidade marginal demandaria que em cada caso coloquemosmentalmente em ordem hierárquica todas as necessidades concretas às quais se podesatisfazer com um bem, a seguir to<strong>do</strong>s os exemplares <strong>do</strong>s quais podemos dispor,e então examinemos até que membro da série a satisfação pode chegar Isso seriaum trabalho de imaginação incômo<strong>do</strong>, que aumentaria até se tornar simplesmentemonstruoso no caso de bens de ordem mais remota, já que aqui esse trabalho teriade ser feito não somente para o bem a ser avalia<strong>do</strong>, mas também para to<strong>do</strong>s osseus produtos intermediários. Ora ­ poder-se-ia objetar -, na realidade nossos juízossobre o valor não são tão trabalhosos e demora<strong>do</strong>s, e não levam tanto tempo.Perfeitamente: os juízos de valor que fazemos não são trabalhosos. Mas por quenão o são?Primeiro, porque por meio <strong>do</strong> exercício ininterrupto dessa atividade nos transformamosem verdadeiros craques em fazê-la. Assim como a pessoa que está apenasse inician<strong>do</strong> na leitura, para compor a palavra, tem primeiro de soletrarseparadamente as diversas letras pela ordem, assim como uma pessoa que apenas"arranha" no piano, se quiser tocar um acorde é obrigada a pensar em to<strong>do</strong>s os sonsindividuais que compõem o acorde, bem como nos intervalos individuais que separamcada som, exatamente da mesma forma, quem apenas "arranhasse" em administraçãoseria obriga<strong>do</strong> a compor mentalmente o quadro da situação econômicaa partir <strong>do</strong> qual deve fazer a avaliação, juntan<strong>do</strong> uma pedrinha depois da outra,da mesma forma como se compõe um mosaico. Mas o administra<strong>do</strong>r experientefaz isso de um só golpe. A isso acresce - e sob esse aspecto o administra<strong>do</strong>r experienteestá em situação bem mais favorável <strong>do</strong> que seu colega de música - quenormalmente não precisamos de uma exatidão minuciosa para fazer juízos sobreo valor. Enquanto nossos erros de avaliação não forem excessivamente grandes,enquanto, digamos assim, tocarmos com erros ainda suportáveis nosso registro deavaliação, somos toca<strong>do</strong>res suficientemente bons para os fins da vida econômica.Digo até que o princípio da economicidade não só não favC!.rece um cuida<strong>do</strong> exces­sivamente minucioso nos juízos de valor, mas até o proíbe. E verdade que as avaliaçõesmais exatas são também as que garantem que os respectivos atos econômicossejam os mais corretos e, conseqüentemente, os mais bem-sucedi<strong>do</strong>s. Mas a precisãomaior só se consegue ao preço de um sacrifício de tempo e de energia queaumenta com o grau de precisão, sacrifício este inseparável da análise cuida<strong>do</strong>sade todas as circunstâncias. Até certo ponto pode ser que a vantagem que com esseexame mais atento obtemos para a condução da nossa vida supere o sacrifício emtermos de esforço mental nele emprega<strong>do</strong>; se isso acontecer, o emprego desse esforçomaior é também correto <strong>do</strong> ponto de vista econômico. Mas a partir de determina<strong>do</strong>ponto, certamente ocorre o contrário. Quem quisesse refletir com aescrupulosidade máxima sobre cada uma das centenas de atos econômicos que executadiária ou semanalmente, quem quisesse emitir um juízo de valor, pensa<strong>do</strong> atéo último de exatidão, sobre cada bem com que tem a ver, até o mais insignificantedeles, quan<strong>do</strong> se trata de dá-lo ou recebê-lo, utilizá-lo ou consumi-lo, tal pessoa não... chegaria sequer a viver, de tanto calcular e refletir. A máxima correta, que reco­1 mendamos também na vida econômica, é a seguinte: "não ser mais exato <strong>do</strong> que95 o teor desse item foi na maior pane tira<strong>do</strong> textualmente <strong>do</strong>s meus Grundzuege der Theorie des wirtschaftlíchen Gueterwertes.Parte Primeira. Seção VII.= '­-'i~­:011"'"

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