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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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A CONTROVÉRSIA EM TORNO DO CONCEITO DE CAPITAL57~C:::~:-:::> (as•~' - =,,:- - ._ -30 ...... os~I'-:'~ _:_ =:~ital~ .~ .~ ___ ::;~.~:~~:...' :::1to a-~: :uerer_. : ::-::-sonal- -:"=~3.-=·I rI ia -- ::-:-:;idapes--:-=:::::-:;enrs=:: _.:: Knies-!'_ ::-:::eririaI!iiiir-: : J,querr~.;; :J,quec.': :-::" nao:::: _:::1 co­:~ uma.",-_~2ncia=" :: ::sica­::- ::eitos-:::':: :::-.tao,:: c:::::cteso:.: ::e-se:ô cc <strong>do</strong>==-:':-.:Ja.::sperar conseguir o acor<strong>do</strong> <strong>do</strong>s que não têm mente preconcebida? Penso que, uma.ez compreendi<strong>do</strong> que a controvérsia é de natureza prevalentemente terminológica,'-ão é tão difícil decidir essa questão, quanto pode parecer, a julgar pelo grau de::onfusão até agora reinante. Com efeito, felizmente é difícil que possa haver dúvida"obre certos princípios básicos diretivos que se têm observa<strong>do</strong> em questões termi­:lOlógicas. E se utilizarmos com objetividade esses princípios básicos universalmente:econheci<strong>do</strong>s, fica decididamente excluída a grande maioria das definições de capi­:al que se apresentam, permanecen<strong>do</strong> no máximo duas ou três. entre as quais aescolha mais restrita poderia ainda continuar seriamente indecisa. E também nesse:írculo mais reduzi<strong>do</strong> de opções o peso <strong>do</strong>s motivos de conveniência decisivos está:listribuí<strong>do</strong> com tanta desigualdade que é lícito esperar conseguir, com grande pro­':labilidade, que em favor de determina<strong>do</strong> conceito se chegue, mais ce<strong>do</strong> ou mais:arde, não digo à adesão cogente - já que a favor dele militam apenas razões de:onveniência -, mas ao consenso voluntário de uma maioria decisiva.Esses princípios básicos diretivos parecem-me ser os seguintes. Antes de tu<strong>do</strong>,-::\"identemente o conceito a ser en<strong>do</strong>ssa<strong>do</strong> deve ser inatacável <strong>do</strong> ponto de vista::a lógica; ou seja, ele não pode contradizer-se a si mesmo, deven<strong>do</strong> também ser;:oextensivo à coisa que quem define queria definir. Além disso, não se pode come­:er desperdício terminológico, isto é, não se pode desperdiçar o termo capital como5'nônimo para designar outro conceito, que já tem denominação própria, enquantoestiverem sem denominação outros conceitos fecun<strong>do</strong>s, aos quais também caberia,:Jor natureza, a denominação de capital. Em terceiro lugar, o conceito a ser en<strong>do</strong>s­5a<strong>do</strong> deve ser cientificamente importante e fecun<strong>do</strong>. Em quarto lugar, finalmente- last not least - deve-se reservar o termo capital àquele conceito que até agoraá era designa<strong>do</strong> com esse termo pelo uso lingüístico mais longo e mais generaliza­::0. a não ser que outros motivos, lógicos ou de conveniência, exijam urgentemente~ue se altere esse uso. Falan<strong>do</strong> mais diretamente: to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> trata hoje <strong>do</strong>s pro­'::!lemas teóricos e sociais mais importantes sob o tópico de capital; por isso, deve-se,5empre que possível, empregar o termo capital de maneira tal que o mun<strong>do</strong> seja::>briga<strong>do</strong> a rebatizar com outros nomes - o que sempre é penoso e acarreta o perigode confusões - as grandes controvérsias <strong>do</strong> seu tempo.Ten<strong>do</strong> em mente essas normas, gostaria de propor a seguinte solução para acontrovérsia, como sen<strong>do</strong> a mais adequada:Denominamos em geral capital um conjunto de produtos que servem comomeios para a aquisição de bens. Desse conceito geral de capital distingue-se, comoconceito mais restrito, <strong>do</strong> de capital sacia!. Denominamos capital social um conjuntode produtos que servem como meios de aquisição de bens econômicos pela sociedade;ou, já que a aquisição de bens só ocorre mediante a produção, o capital socialé um conjunto de produtos que são destina<strong>do</strong>s a servir à produção ulterior; ou,finalmente, em resumo, um conjunto de produtos intermediários. Como denominaçãosinônima para o conceito mais amplo - <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is que enumerei -, pode-setambém utilizar, com muita propriedade, o termo capital aquisitivo, ou então, commenos propriedade, mas com tanto maior aproximação <strong>do</strong> uso lingüístico, o termocapital priva<strong>do</strong>; o capital social, por sua vez, podemos denominá-lo bem sucintamentecapital produtivo. Em favor dessa solução militam as seguintes razões:Tanto o capital no senti<strong>do</strong> mais amplo como o capital na acepção mais restritadesignam uma categoria de bens altamente importantes <strong>do</strong> ponto de vista científico.Os "produtos que servem para fins de aquisição" possuem uma importância destacadapara a teoria <strong>do</strong>s rendimentos como fonte <strong>do</strong>s "juros <strong>do</strong> capital", enquanto os-produtos intermediários" têm significa<strong>do</strong> no mínimo igualmente importante para ateoria da produção. A distinção entre a produção que vai diretamente da mão àboca e a produção laboriosa que visa indiretamente ganhos é tão fundamental que

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