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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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48 COl'\CEITO E eJA TUREZA DO CAPITALram a combater a confusão conceitual, com a sua distinção entre capital como categoria"puramente econômica" e capital como "categoria histórico- jurídica". 11 Semdúvida, essa distinção, como ainda veremos, de forma alguma representa a soluçãoacertada: mas.ao menos foi uma distinção que, como se impunha, finalmente distinguiuo porta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> problema da produção <strong>do</strong> porta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> problema <strong>do</strong>s juros,e com isso abriu tamhém as portas para um progresso no tratamento <strong>do</strong>s problemasque estavam em esta<strong>do</strong> de confusão desespera<strong>do</strong>ra. Mas com isso antecipei-me demuío ao andamento real da evolução. Retoman<strong>do</strong> agora a história pela ordem emque aconteceu, temos que voltar novamente até Adam Smith, a quem está ligadatoda a evolução posterior.Pode-se afirmar que a concepção básica de Smith nunca mais foi totalmenteaban<strong>do</strong>nada: a relação com o ganho e com a produção, que Smith, em contraposiçãoa Turgot, introduzira novamente no conceito de capital, foi mantida, de umaforma ou outra, por to<strong>do</strong>s os autores posteriores.1 2 Em contrapartida, demonstrousemuito ce<strong>do</strong> que, dentro dessa concepção básica comum, permaneceu aberto aindaum espaço surpreendentemente grande para a formação de conceitos diferentes,e casualmente algumas circunstâncias favoreceram muito o aproveitamento desseespaço livre. Antes de tu<strong>do</strong>, com a concepção básica her<strong>do</strong>u-se também o germeda duplicidade de acepções <strong>do</strong> conceito de capital que Smith havia incluí<strong>do</strong> em suaexposição. Esse germe revelou -se agora plenamente. Quase to<strong>do</strong>s, por permaneceremvítimas da confusão que acabamos de descrever, pensaram que o "capital" de­~-"...,.._.,,(,~'veria ser defini<strong>do</strong> como um único conceito uniforme. Acontece que uns - a maioria- ,,-l:- pensavam mais no meio de produção, ao passo que os outros pensavam mais .." ..........no "capital" como fonte de renda, e dessa forma atrihuíram ao seu conceito de capi­tal, alternadamente, as características de <strong>do</strong>is conceitos diferentes. Isso se transfor­mou em uma rica fonte de definições divergentes. Mais rica ainda tornou-se umaoutra fonte. Mesmo engloban<strong>do</strong> no conceito de capitaL em princípio, apenas os meiosde produção, ou, amplian<strong>do</strong> mais, também outros meios de ganho, é evidente emto<strong>do</strong> caso que havia toda uma série de espécies diferentes <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is. Com efeito,ao descobrir entre os diversos grupos de bens que servem para a produção e parai.elllo ganho mais semelhanças ou mais contrastes, passou-se a considerar acerta<strong>do</strong> en­mil!globar no conceito a ser denomina<strong>do</strong> capital. ora to<strong>do</strong>s os meios de ganho ou os"l!!!!llmeios de produção sem exceção, ora apenas certo número deles: e esse número,,'~por sua vez, de acor<strong>do</strong> com o julgamento subjetivo, ora podia tornar-se pequeno,ora maior, ora intermediário, ora totalmente pequeno. Pode-se dizer que, dentre to­:ilC Idas as combinações e permutações que no caso eram lógica e matematicamentemI'lI;:imagináveis, quase nenhuma deixou de ter vigência na Economia Política. Renun­;;:s;;;;cian<strong>do</strong> a ser completo, e sem ater-me à ordem cronológica, quero agora arrolar as::J.mais importantes delas.i!DIII!Muito numerosos são os autores que definem o capital como um conjunto del:ii! '"produtos que servem para a produção". ou então como um conjunto de "meios :zmde produção produzi<strong>do</strong>s". Essa concepção, que se funda enfaticamente na relação<strong>do</strong> capital com a produção, exclui <strong>do</strong> conceito de capitaL por um la<strong>do</strong>, os terrenos(não produzi<strong>do</strong>s) e, por outro, to<strong>do</strong>s os bens que servem para a satisfação imediatadas necessidades. Também eu a a<strong>do</strong>tei ao explicar acima que o capital é um conjuntode "produtos intermediários" Na medida em que essa concepção representa'i ROBERTUS. Passlm. WAGi\ER. Grundlegung 2' eo p.39L! Talvez se possa. descobrir algo diSSO nt~ no conceito de capltal de lrving Flsn.er. tão nitidamente orienta<strong>do</strong> contra Adam;:,mith Com efeito, quancio Flsher Junta o conceIto de capItal ao de renda, como seu o;:)Osto, e qu

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