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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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354 o JUROse utilizá-lo de maneira egoísta, se transforma em juro, da mesma forma ninguémpoderá afirmar que um juro adquiri<strong>do</strong>, pelo fato de se dispor dele de maneira altruísta,muda posteriormente sua natureza e talvez se converta em salário <strong>do</strong> trabalho! 12\.:-:: :"1Impõe-se outrossim notar bem que com uma distribuição uniforme <strong>do</strong> juro re­C~::3cebi<strong>do</strong> pelo Esta<strong>do</strong> socialista de mo<strong>do</strong> algum se obtém o mesmo esta<strong>do</strong> econômicoque se teria se o juro simplesmente não tivesse si<strong>do</strong> recebi<strong>do</strong>. A verdade é que nare.:::Edistribuição quem recebe o juro são bem outras pessoas que aquelas de cujo traba­ta:":"".::-~lho e produto ele foi ganho. No caso de quem trabalhou em reflorestamento, deduz-se de -:-:~<strong>do</strong> valor de seu produto futuro de 1 000 florins uma importância de 998 florins a cc:":"" ]título de juro. Se, em decorrência da distribuição de to<strong>do</strong>s os montantes de jurosI_assim ganhos, o salário médio talvez aumentar de <strong>do</strong>is para três florins, cada um da :Jdesses trabalha<strong>do</strong>res em reflorestamento recebe de volta, <strong>do</strong>s 998 florins recolhi­ çãc. :J<strong>do</strong>s, um único florim, sen<strong>do</strong> que os 997 florins restantes são recebi<strong>do</strong>s por outras pe.': ::pessoas, as quais os recebem, bem como atualmente, não a título de trabalho, masma:-:fa título de propriedade, respectivamente de co-propriedade. As pessoas que produ­ que :-.zem numa produção que remunera rapidamente, por exemplo emprega<strong>do</strong>s no tra­ que ::balho de fazer pão, que produzem um produto diário de <strong>do</strong>is florins, como to. ;:::1trabalha<strong>do</strong>res só poderiam aspirar e receber apenas um salário de três florins. O ter­troce;ceiro florim, recebem-no somente porque ao mesmo tempo são co-proprietários datra c_,riqueza nacional e porque o Esta<strong>do</strong> socialista, que administra a riqueza nacional co­ce .;'_5'1mum, como proprietário <strong>do</strong> mesmo perante aqueles trabalha<strong>do</strong>res cuja atividadedesc:>iestá dirigida para metas de produção mais remotas, faz valer to<strong>do</strong> o poder dessa gor::: (sua propriedade. No esta<strong>do</strong> socialista, portanto, exatamente da mesma forma que rençõ: :na sociedade capitalista, quem ganha o juro é o proprietário <strong>do</strong>s bens presentes,exi':2 Ià custa daqueles trabalha<strong>do</strong>res que por meio de seu trabalho produzem um produ­ que :":.to apenas futuro; a diferença consiste apenas em que na sociedade capitalista a pro­traçc :'1priedade é distribuída de maneira desigual e o juro cabe a poucos proprietários em ços ;:::-.grandes cotas, ao passo que na sociedade socialista to<strong>do</strong>s são co-proprietários, de­ que. :-"ten<strong>do</strong> a mesma parcela, e to<strong>do</strong>s recebem uma pequena cota igual <strong>do</strong> juro total.calcc:::'lNas exposições supra escolhi o exemplo <strong>do</strong> trabalho de reflorestamento porquequaseele ilustra as respectivas condições da maneira mais clara e nítida. Da maneira maisexi,:e-:clara porque nesse caso atinge o máximo a diferença de tempo entre a aplicação<strong>do</strong> trabalho e o recebimento <strong>do</strong> produto maduro para o consumo, e conseqüentementetambém a diferença de valor entre o trabalho e o produto futuro; da maneira7J O.C O ••na ::: : --,mais nítida porque aqui já não é necessário nenhum acréscimo posterior de trabanul'":'"".". - -,;lho e por isso é bem simples o cálculo <strong>do</strong> produto final gera<strong>do</strong> com determina<strong>do</strong> corro _- ~1 dispêndio de trabalho. Ora, não há necessidade de expor com mais detalhes que nas :-:-_~ ­'iI"'exatamente as mesmas condições voltam, em grau atenua<strong>do</strong>, no caso de to<strong>do</strong>s oscorr.-....::-:-- :trabalhos volta<strong>do</strong>s para metas de produção mais remotas. To<strong>do</strong>s eles são tecnica­ diá.r:ê. ~, .5mente mais produtivos <strong>do</strong> que os que remuneram de imediato; seu produto futuro,a dife,,­difere:'"". >::, mais abundante, também sempre tem de ter um valor futuro maior, pois simples­ " OCõ-'::de ~ _.,; :­I mente não se teria podi<strong>do</strong> produzi-lo de forma econômica se já seu valor presente, p 1C'; , :.. 75 Ccccc,reduzi<strong>do</strong> em razão da diferença de perspectiva, não equivalesse ao valor normalgelT'.. :: ~ +:de uma quantidade igual de trabalho;?! e finalmente, uma vez que não se pode fi­ igno~:: ::~ .,das s-...:.~:xar salários diferentes para trabalhos iguais e <strong>do</strong> mesmo valor, conforme o Esta<strong>do</strong>.:de pe:- ,­socialista dirige um trabalha<strong>do</strong>r exatamente para uma meta de produção próximaàs rnc::=_:ou para uma remota, o salário daqueles trabalha<strong>do</strong>res que são dirigi<strong>do</strong>s para metas que ess,; :-:de produção mais remotas necessariamente tem de ser dimensiona<strong>do</strong> abaixo <strong>do</strong>enter.:-=.- ­sion,: .::- --::valor pleno de seu produto futuro,72 e com isso ocorre, em um grau ou em outro,eleme:"'_~: :et seqse sol:::~< :"Ver supra, p. 316 et seqs. rios cc- :72 N

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