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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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CAPITAL SOCI/'.L.. E c.-'\"~.a<strong>do</strong>res: ::l1bustí­_2f ureci­/2::OS queê! ~a i1ação5_3 manuáque aso; :-nerca<strong>do</strong>·~oria Cülsa- o ~2 socialista:2 distribui·,0 eu, porJ produto~'oques deconsumi­-F-)mia na­... ~rias sobretenção e seu desenvolvimento, também servem indiretamente para G :::~::.::. _: ~:terior de bens. Acontece que tal relação indireta com a produção não 2 5_:.:2 -:2no caso. Pois é fácil ver que a distinção entre meios de produção e meios ::2 :::'~5_'. mo só tem senti<strong>do</strong> se considerarmos no caso a destinação direta <strong>do</strong>s bens, 52 ::. _ .séssemos levar em conta a destinação indireta, haveria que enquadrar como ::-:2: 5de consumo to<strong>do</strong>s os bens sem exceção, já que de mo<strong>do</strong> indireto também os :-:12::'5de produção servem à satisfação das necessidades! A isso acresce também o S2­guinte inconveniente. A divisão <strong>do</strong>s bens em bens de consumo e bens prociutÍ\ostem que ser uma divísão que separa, uma divisão baseada numa antítese. Ora. nãose pode em absoluto negar que o alimento que o trabalha<strong>do</strong>r consome serve paraa satisfação direta das necessidades de um membro da nação, e que portanto elecorresponde perleitamente à definição de um bem de consumo. Ora, como é possívelenquadrar uma coisa que possui plenamente as propriedades de uma categoria.exatamente na categoria oposta? Assim é que acaba acontecen<strong>do</strong> aqui - comotantas vezes - que o artificialismo na interpretação leva a uma rede de embaraços,quan<strong>do</strong> o mais simples é também o mais verdadeiro. Os bens com os quais os membrosda nação que trabalham, se alimentam, se aquecem e se vestem, são bensde consumo direto, e não meios de produção.Que diante de razões tão manifestas, foi possível assim mesmo aferrar-se tãogeneralizada e pertinazmente à <strong>do</strong>utrina oposta, é um fenômeno que, à primeiravista, dificilmente se pode considerar compreensível, mas se explica perfeitamentese investigarmos com mais exatidão as circunstâncias <strong>do</strong> caso. Parece-me que nocaso atuam conjuntamente <strong>do</strong>is fatores de influência. Um deies foi a tradição histórica,que precisamente nesse caso era muito forte e profundamente arraigada. Nãose pode esquecer que a inclusão <strong>do</strong>s meios de subsistência <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res noconceito de capital aconteceu numa época em que este ainda não estava bem fixa<strong>do</strong>,e particularmente o capital priva<strong>do</strong>, ao qual pertencem os meios de subsistência,ainda não estava nitidamente separa<strong>do</strong> <strong>do</strong> capitai social, <strong>do</strong> qual não fazem parte.A isso somou-se a estranha idéia que por muito tempo <strong>do</strong>minou a função <strong>do</strong> capita!:ela teria por função "movimentar o trabalho" (put into motion) - função quejustamente os meios de subsistência <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res desempenhavam em medidadestacada. A isso acresceu ainda a célebre "teoria cio fun<strong>do</strong> salarial", segun<strong>do</strong>a qual a elevação <strong>do</strong> salário <strong>do</strong> trabalho dependeria primordialmente das relaçõesentre o número <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e o montante <strong>do</strong> "fun<strong>do</strong> salarial", isto é, da quantidadede capital destinada à subsistência e ao pagamento <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res -'concepçãoque aju<strong>do</strong>u também a amarrar mais Íirmemente os meios de subsistênciaao conceito de capital. Finalmente, na mesma direção pode ter atua<strong>do</strong> a tendênciada Escola Inglesa - criticada muitas vezes e com razão - de encarar os trabalha<strong>do</strong>rescomo máquinas de produção, e seus salários apenas como um componente<strong>do</strong>s custos de produção e como uma dedução da renda nacional. em lugar deconsiderá-los como parte desta. 12Assentan<strong>do</strong> sobre tantas bases. o princípio de que os meios de subsistência <strong>do</strong>strabalha<strong>do</strong>res produtivos constituelT' um componente <strong>do</strong> capital social consoli<strong>do</strong>useaos poucos na consciência científica até ao ponto de ser por muitos considera<strong>do</strong>como um axioma absolutamente indiscutível, conseguin<strong>do</strong> ao final manter-se pelaforça da própria fama, mesmo depois de na verdade ter caíào por terra em virtudeda descoberta da distinção entre capital priva<strong>do</strong> e capital social e da àefinição desteúltimo como um conjunto de meios de produção.'2 Cf SCHMüLLER Tuebinger Zeitschrift, v. 19 (1863), p. 10 et seqs., 2.5i_

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