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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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o VALORlS3Além disso, quer-me parecer que a substituição <strong>do</strong> termo valor de troca objetivopelo de valor econômico acarreta até certo ponto o perigo de uma idéia quepode induzir em erro, a saber, ê! de que a única coisa que distingue o valor econômico<strong>do</strong> valor pessoa! seria o âmbito de abrangência maior de coisas das quais epara as quais se faz um juízo de avaliação - de resto os <strong>do</strong>is juízos seriam idênticos- como se o valor econômico de um bem tivesse para a sociedade total que englobauma economia, importância semelhante à que o valor subjetivo ou pessoal expressapara os objetivos de vida de pessoas individuais. Isso seria totalmente errôneo;por isso, numa época em que justamente essa idéia errônea era ainda a pre<strong>do</strong>minante,e pol1anto tinha de ser combatida, pronunciei-me com grande decisão con;tra a denominação "valor econômico" (em meu estu<strong>do</strong> Grundzuege, p 478). Everdade que desde entã.o passaram a prevalecer concepções mais acertadas sobrea natureza <strong>do</strong>s fenômenos <strong>do</strong> valor, razão peja qual também diminuiu sensivelmenteo perigo de se ser induzi<strong>do</strong> em erro por uma denominação capciosa. De qualquerforma, mesmo hoje esse perigo ainda não desapareceu totalmente, motivo peloqual, embora já não considere é'. preocupação dali derivada tão decisiva quanto há25 anos, preferiria que se desenvolvesse uma nomenclatura que não volte a introduzirconfusão nos termos vaioi subjetivo e valor objetivo, que estão bem consolida<strong>do</strong>se nada têm de capciosos.Finalmente, ventilou-se também a questão de se os conceitos acima defini<strong>do</strong>s,de valor subjetivo e valor objetivo, devam ser considera<strong>do</strong>s como <strong>do</strong>is conceitos totalmenteindependentes entre si, de conteú<strong>do</strong> diferente e estranho um ao outro, eportanto, de certa forma, como simples "homônimos", ou antes como subespéciesde um conceito uno e mais genérico de valor, a ser construí<strong>do</strong> acima <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is. Emboranão atribua a essa questão uma importância objetiva considerável, minha respostaseria mais na linha da segunda alternativa, ou seja, a favor de um conceitode valor uno. 4 Pois parece-me que a situação é esta: de fato se pode detectar cer­,. tos traços comuns aos <strong>do</strong>is conceitos, ainda que, naturalmente, eles não sejam tãoprofun<strong>do</strong>s e sejam de caráter meramente externo. Ora, parece-me que nada obstaa que se construa uma definição geral, mesmo basean<strong>do</strong>-a em características comunsinsuficientes; somente que nesse caso essa definição também será precáriae deverá basear-se em características conceptuais um tanto amplas ou elásticas. Emse tratan<strong>do</strong> da definição formal de v'3lor econômico uno, chegar-se-á mais ou menosà fórmula "valor <strong>do</strong>s bens na vida econômica" ou "medida das coisas em termoseconômicos" (Wieser). Entretanto, na primeira tentativa que se fizer de aclarar essascaracterísticas conceptuais vagas, certamente ficará evidente que se trata, nos <strong>do</strong>iscasos, de um "valor" de tipo bem diferente, que provém de um conjunto de fatosbem diferente, em suma, que se trata de <strong>do</strong>is grupos de fenômenos de naturezabem diversa. Que os fatos pertinentes a um grupo de fenômenos têm influência causalsobre os fatos pertencentes ao segun<strong>do</strong> grupo de fenômenos - que, por exemplo,como veremos mais adiante, as avaliações subjetivas influenciam de maneira decisivaa configuração <strong>do</strong> valor de troca objetivo - é uma coisa bem diversa que naturalmentenão tem absolutamente nada a ver com a questão de se é possível agruparos <strong>do</strong>is tipos de femomenos sob um único conceito; tão pouco quanto, digamos,o fato de a chuva exercer influência causal sobre a vida e o desenvolvimento dasplantas seria alguma razão para englobar a "chuva" e as "plantas" sob um conceitosuperior comum."4 Nos "Grund2uegen" (p. 6) expressei opinião diferente, na linha de Neumann5 Como se sabe, os fun damentos da teoria moderna <strong>do</strong> valor foram cria<strong>do</strong>s pelos trabalhos - congeniais, quanto a isso- de C Menger, Jevons e Walras. Dentre eles. ocupa o primeiro lugar. pela clareza e pelo aspecto de ser completo, aexposição de Menger. Vinte anos antes, algumas das idéias básicas mais importantes já haviam si<strong>do</strong> expressas por Gossenem seu notável livro sobre a Entwicklung der Gesetze des menschlichen Verkehrs und der daraus fliessenden Regeln fuermenschliches Handeln (Braunschweig, 1854). Todavia, essas idéias, da mesma forma que o próprio livro, caíram no imere­

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