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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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o HOMEM E A NATUREZA 31anti­tes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em que vive: tanto no mun<strong>do</strong> pessoal como fora dele. Por motivosQuanto aos bens, o homem que precisa deles os encontra em esferas diferen­Za ou:::ademanifestos, que não precisam ser aqui discuti<strong>do</strong>s, empregamos o termo "bem", em:::liCÍformaum pouco diferente. Se, por um la<strong>do</strong>, designamos como bens não as pró­relação aos meios de satisfação <strong>do</strong> bem-estar, provenientes das duas esferas, de uma:z porprias pessoas que nos são úteis, mas apenas as ações pelas quais elas exercem so­~J.co.;raubre nós um efeito benéfico, por outro la<strong>do</strong>, designamos com o nome de bens asê :leter),em contraposição aos meios pessoais que servem ao bem-estar. A seguir sópróprias coisas materiais não pessoais: denominamo-los bens materiais (sachgue­..:~a::lÍ­nos ocuparemos <strong>do</strong>s bens materiais, deixan<strong>do</strong> de la<strong>do</strong> os bens pessoais.ên-Os bens materiais são partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> exterior natural, são objetos naturais.=araComo tais, são coisas que, pela sua natureza e mo<strong>do</strong> de operar, fazem parte, <strong>do</strong>[~=esinício até o fim, <strong>do</strong> natural e daquilo que está sujeito às leis da Natureza. O fatoêtri­soais não lhe pode garantir nenhuma espécie de alforria em relação à total sujeiçãode os bens <strong>do</strong> homem serem meios para o "rei da criação" lograr seus objetivos pes­"':iteà ordem natural, tão pouco como o próprio homem tem condições de libertar desse~Jm::natributo às leis naturais a dimensão natural da sua existência. Por conseguinte, benst·~ticonfiguraçãode matéria surja exatamente com essa forma, e não com outra; elesmateriais só ocorrem quan<strong>do</strong> as leis da Natureza permitem e estimulam que uma:-:as:-:ãodesaparecem quan<strong>do</strong> uma nova combinação de forças naturais em ação tem comoelaatéentão existente; eles não podem exercer em relação aos homens o menor efeitoconseqüência compulsória, por lei natural, a cessação da configuração da matéria:-.0­Emútil, prejudicial ou indiferente, se não sobreviesse, pela lei da Natureza, justamentec-a­este quadro causal, sob a respectiva constelação de matérias e forças. Estamos aquiC1­diante de princípios que em si mesmos são propriamente triviais; suficientementeomtriviais, em <strong>do</strong>is senti<strong>do</strong>s: primeiro, porque não necessitam de uma demonstraçãoemformal; segun<strong>do</strong>, porque a ninguém é lícito pô-los em dúvida com seriedade. Nãoico­tâncias engana<strong>do</strong>ras, e ter coloca<strong>do</strong> em circulação teorias que implicitamente con­são, porém, triviais ao ponto de ninguém tê-los perdi<strong>do</strong> de vista, em certas circuns­,ã.otrariam a essas verdades fundamentais simples, que certamente ninguém ousou negarexplicitamente. O teórico tem, pois, boas razões para destacar essas verdadesr:.lecom ênfase, e também para acompanhar as suas conseqüências um pouco mais10-5adiante, aplican<strong>do</strong>-as naqueles campos em que elas~são precisamente chamadas~­?:s.a constituir os pilares da teoria da Economia Política. E o caso <strong>do</strong>s campos de açãozer<strong>do</strong>s bens e da origem <strong>do</strong>s bens: a teoria <strong>do</strong> uso <strong>do</strong>s bens, de um la<strong>do</strong>, e a teoriaa:sda produção <strong>do</strong>s bens, de outro.A teoria da utilidade <strong>do</strong>s bens, já a desenvolvi em outra parte de minha obra. 2iS­Ali mostrei que os bens materiais não são outra coisa que configurações tão exímias?sdamatéria que permitem orientar as forças naturais nela existentes em proveito <strong>do</strong>:0­J:­homem; ali mostrei que a utilidade derivante dessas matérias é propiciada por atie.vação concreta das forças naturais e dirigíveis nelas existentes, portanto por verda­deira atuação de forças; mostrei como uma utilização ou uma utilidade nelas nãoiapode deixar de ocorrer na medida em que o homem libera a atuação de forças úteis<strong>do</strong>s bensJlo momento apropria<strong>do</strong> e faz a ligação adequada delas com o objeto no:1-qual o efeito útil deve ocorrer. Sobre essas considerações construí o conceito de "prestaçãode serviço" - o único que responde à natureza <strong>do</strong>s objetos materiais - e,~?~l­i.em contrapartida, refutei certas noções místicas que a teoria até agora vigente gos­tava de ligar à expressão de "uso <strong>do</strong>s bens". Resta-nos aqui apresentar, de maneiraanáloga, conceitos básicos sobre a origem <strong>do</strong>s bens materiais.j-2 Geschichte und Kritik. 2· ed., p. 269 et seqs.; e 4· ed. p. 197 et seqs. Ver também meu estu<strong>do</strong> mais antigo sobre Rech·te und Verhae/tnisse vom Standpunkte der vo/kswirtschaftlichen Gueterlehre. Innsbruck. 1881. p. 51 et seqs.

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