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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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I94CONCEITO t NATUREZA DO CAPITALsaiba, Rodbertus e, depois dele, A<strong>do</strong>lf Wagner; nessa ocaSlao se deu à distinçãoentre capital nacional e capital priva<strong>do</strong> uma nova interpretação, que é em si de altointeresse e ao mesmo tempo se impôs com tanta rapidez e em círculos tão amplosque de maneira alguma posso deixar de tomar posição frente a ela. Wagner distingue- como antes dele já o fizera Rodbertus 3 -- o capital como "categoria puramenteeconômica" <strong>do</strong> capital "no senti<strong>do</strong> histórico-jurídico", isto é, a posse de capital."<strong>Capital</strong> como categoria puramente econômica, considera<strong>do</strong> independentemente dasrelações jurídicas, válidas para a posse de capital, é uma provisão de bens econômicos- 'bens naturais' - que podem servir como meios técnicos para a produçãode novos bens numa economia: é provisão de meios de produção ou 'capital nacional',respectivamente parte dele. <strong>Capital</strong> no senti<strong>do</strong> histórico-jurídico ou posse decapital é aquela parte da riqueza de uma pessoa, que lhe pode servir como meiode obter um rendimento a partir dela (renda, juro), portanto é possuída por essapessoa para esse fim: um 'fun<strong>do</strong> para renda', um 'capital priva<strong>do</strong>"'4 Com isso, a distinçãoentre capital nacional e capital priva<strong>do</strong> é radicalizana na oposição entre quantidadesde bens naturais de um la<strong>do</strong>, e as relações existentes de direito priva<strong>do</strong> aquantidades de bens, de outro. SNem de longe quero negar a grande importância e fecundidade dessa últimadistinção. O estabelecimento dela foi um fato crítico de primeira ordem, que prestouos mais beneméritos e salutares serviços à clarificação <strong>do</strong>s problemas basicamentediferentes trata<strong>do</strong>s sob a etiqueta <strong>do</strong> capital. Sem ela certamente nunca se poderiater vislumbra<strong>do</strong> o pleno alcance da distinção entre capital social e capital priva<strong>do</strong>.Só uma coisa não posso conceber: por não esgotar essa última distinção, tambémnão é apropriada para simplesmente substituí-la. Além disso, as duas distinções ­entre capital social e capital priva<strong>do</strong> por um la<strong>do</strong>, e bens' de capital naturais e possede capital, por outro - não coincidem, nem quanto ao âmbito nem quanto ao conteú<strong>do</strong>.ao ponto de se poder simplesmente explicar ou substituir a primeira pela se­ii ..1 Ver espeCla~m~[lte o escrito Zur Erkiaer:Jng und Abhilfe der heutjgen Kredrtnor des Geldbesltzes, 2 03 ed. L p. 90. lI. p286 ct seqs .. onde o capital real que consta <strong>do</strong>s objetos natural:;; é nitidamente conrràf.Josío à posse <strong>do</strong> capital (propriedade<strong>do</strong> capital. capital-riqueza). Semelhantemente. em Das Kcpitul. p. 304. 313 et seq e em outras passagens freqüentes'WAGNER Grundlegung. 2' eu. p. 39;~, Pode-se Ira:lqüilumen~e duvidi1r de que pa;-a essa distinção seja plenamente consentànea e feliz a cl:órJvminilçilo alternativa,eSCOlhida por seus autores, de categoria "puramente eco:lômica" e categoria "histórico-jurídica" Em to<strong>do</strong> caso, essasdenominações não admitem uma interpretação exagera.da: com efeito. qual seria o fenômeno de hoje - já que tambéma ele se deve apUcar a di5tinção. e até em primeir?l linha - que seria. no senti<strong>do</strong> literal. de natureza de to<strong>do</strong> "puramente"econômica e não seria em absoluto condicionada por determinadas evoluções ou peculiaridades "históricas',? Em particular.porém. não é acmissível - como o faz. por exemplO, Jakoby' (Der :::'"ót -WY1 dcn Kapitolbegrifr Jena. 1908. p. 59 et seq.)- testar cada espécie individual perteTlcente à m

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