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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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A TAXA DO JURO DO CAPITAL 3-:­c;a:1)('J~ :: "':"Te,. :-:-.J:­a:-:-.2:1­: :·.;alt",:hi­: :=':-:l­: "::::!"a~:)ó­~ ::.m::-: :):-2­:~:[ec :::xar'_2~a~.:. -~, ~~ -:-.-..Ora, esse ágio é significativamente superior ao que vimos nos casos anterioresPor que motivo? Nossa teoria explica também isso com muita simplicidade: porquecom o fun<strong>do</strong> de subsistência reduzi<strong>do</strong> só se pode a<strong>do</strong>tar perío<strong>do</strong>s de produção emmédia mais curtos, razão pela qual o "último prolongamento da produção", que édecisivo, cai numa área em que, aumentan<strong>do</strong>-se os perío<strong>do</strong>s de produção, aindase podem obter retornos excedentes de magnitude considerável.Da mesma forma que acabamos de acompanhar a influência de uma mudançana grandeza <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> de subsistência, podemos agora constatar também a influênciada grandeza <strong>do</strong> número de trabalha<strong>do</strong>res. Não há aqui necessidade de uma demonstraçãonumérica completa, pois se evidencia, sem necessidade de longa reflexão,que uma mudança <strong>do</strong> número de trabalha<strong>do</strong>res necessariamente faz sentir sua influênciasobre a taxa de juros exatamente na direção inversa. Por exemplo, querpermanecen<strong>do</strong> inaltera<strong>do</strong> o número de 10 milhões de trabalha<strong>do</strong>res, diminua o fun<strong>do</strong>de subsistência, de 15 para 10 bilhões de florins, quer, permanecen<strong>do</strong> inaltera<strong>do</strong>o montante <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> de subsistência, de 15 bilhões de florins, o número <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>resaumente de 10 para 15 milhões, nos <strong>do</strong>is casos o fun<strong>do</strong> de subsistênciaé justamente suficiente para ocupar o contingente de trabalha<strong>do</strong>res existentes, emparte em perío<strong>do</strong> de produção de quatro anos, em parte em perío<strong>do</strong> de produçãode cinco anos, o "ultimo" e decisivo montante <strong>do</strong> produto excedente é de 40 por210 florins e a taxa de juros dali resultante é 19,048%. Igualmente claro é que, seo fun<strong>do</strong> de subsistência e o número de trabalha<strong>do</strong>res se alteram simultaneamentena mesma direção, por exemplo se ambos aumentam simultaneamente, as duas mudançasse enfraquecem reciprocamente em seus efeitos; é claro que a evolução finalda taxa de juros ocorrerá na mesma direção que estiver na linha <strong>do</strong> fator quemaior alteração sofreu; ao contrário, é também claro que, se os <strong>do</strong>is fatores não somentese alterarem na mesma direção, mas também exatamente na mesma proporção,de mo<strong>do</strong> algum ocorre mudança na taxa de juros, Por exemplo, se tanto onúmero de trabalha<strong>do</strong>res quanto o fun<strong>do</strong> de subsistência <strong>do</strong>brarem, é óbvio queo fun<strong>do</strong> de subsistência duplica<strong>do</strong> é suficiente, tanto quanto antes, para suprir o númeroduplica<strong>do</strong> de trabalha<strong>do</strong>res durante o mesmo perío<strong>do</strong> de produção que antes,e o "último" e decisivo montante <strong>do</strong> produto excedente, bem como a taxa dejuros, permanecem inaltera<strong>do</strong>s. Se, porém, o fun<strong>do</strong> de subsistência aumentasse o<strong>do</strong>bro e o número <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res aumentasse apenas pela metade, é manifestomenta de produto com a soma de meios de subsistência que permite o último prolongamento da produção e sim da outrarelação, bem diferente, na qual está aquele aumento de produto com o valor <strong>do</strong> produto inteiro que teria si<strong>do</strong> possívelconseguir sem o último prolongamento da produção. "The interes! of capital is the rate of increase of lhe produce dividedby the whole produce. (Pai. Ec., 2" ed .. p. 267,) A melhor maneira de ilustrar o alcance desse equívoco é recorrer a umexemplo concreto, e para isso, por motivos de clareza. quero empregar o caso acima apresenta<strong>do</strong> (p. 359 el seqs.) da trocaisolada. imaginemos, na linha <strong>do</strong> que lá afirmávamos, um empresário produtor cujes meios próprios lhe permitiriam executarele mesmo um períc<strong>do</strong> de produção de oito anos, obten<strong>do</strong> um produto anual de 685 florins e que, mediante um em·préstimo de 300 florins, que lhe assegura a subsistência para um nono ano, adquire condição para passar para um perío<strong>do</strong>de produção de nove anos, obten<strong>do</strong> um produto de 695 florins. portanto um aumento de produto de 10 florins. Segun<strong>do</strong>Jevons, aqui teria de ocorrer uma taxa de juros de 10 : 685, ou seja, de 1,46%. Mas é óbvio que não há motivo algumpor que um concorrente a empréstimo estaria disposto a oferecer exatamente por uma soma de 685 florins, 10 florinspor ano de juros, e não mais Não é o montante de 685 florins, mas o de 300, cuja aquisição possibilita o prolongamentoda produção, provoca o aumento de produto de 10 florins e, por isso, em caso extremo, pode ser remunera<strong>do</strong> com 10florins ao ano (na suposição feita acima, na nota 5, até com 20 florins ao ano). De fato, no caso <strong>do</strong> exemplo, o economicamentepossível não é. como se poderia supor pela fórmula de Jevons, um juro de 10 sobre 685, ou seja, de 1,46%, masum de 10 sobre 300, ou seja, de 31/3% (na suposição acima. até um de 10 sobre 150, ou seja, de 6 2/3%). Sem dúvida,haverá sempre tendências nivela<strong>do</strong>ras em ação, para fazer com que as próprias grandezas associadas na fórmula de Jevonsconcordem com o número proporcional indica<strong>do</strong> por minha fórmula; e na medida em que se quiser supor esse nivelamentocomo já feito, a fórmula de Jevons não é mais incorreta pelo resulta<strong>do</strong>. falhan<strong>do</strong> apenas pelo fato de. em vez de invocaro fator primário que causa a taxa de juros, aduzir um fenômeno concomitante secundário. Aliás, apesar das afirmaçõesde Wicksell (op. cil., p. 116 el seqs.), não consegui convencer-me de que nessa questão o que me separaria de Jevonsseria simplesmente um mal-entendi<strong>do</strong>.

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