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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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46 CONCEITO E NATUREZA DO CAPITALe é formulada com clareza ainda muito menor <strong>do</strong> que no resumo de seu pensame­Xno que acabo de dar.: .Ji!.Antes de tu<strong>do</strong>, com essa observação abriu-se caminho para a divisão <strong>do</strong> con­ .~_ Jceito de capital.em <strong>do</strong>is conceitos independentes, mais tarde distingui<strong>do</strong>s com o no­-.:-r:::ume de "capital social" e "capital priva<strong>do</strong>". Ou seja, se quisermos designar a coisa commais acerto, o conceito original de capital, no senti<strong>do</strong> de um estoque de bens que~"'::JIdão rendimentos, sobreviveu inaltera<strong>do</strong> no conceito de "capital priva<strong>do</strong>". mas soltou_!,II!um broto ou ramo na forma <strong>do</strong> conceito de "capital social". Esse ramo rapidamentet:::Radquiriu um significa<strong>do</strong> independente. e logo até uma importância maior <strong>do</strong> queo próprio conceito de origem. Com efeito. viu-se logo que aquele grupo de bensque precisamente se havia começa<strong>do</strong> a denominar capital no senti<strong>do</strong> aponta<strong>do</strong>, ti­...: inha uma importância destacada para a natureza da produção, e com isso se foi le­1C"1'lJva<strong>do</strong> a fazer uso extraordinariamente freqüente e fecun<strong>do</strong> <strong>do</strong> novo conceito na teoria :zdda produção; assim é que dentro em breve encontramos esse conceito exercen<strong>do</strong>::z:Jio papel de um <strong>do</strong>s conceitos básicos mais importantes dessa teoria, envolvi<strong>do</strong> em_ :ImJIseus problemas mais importantes que naturalmente são trata<strong>do</strong>s sob essa palavra: '''.na tríade land, labour and capital, 10 o capital social denomina uma das três grandesfontes de bens (sources of wealth), ou, como se passou a dizer mais tarde, um<strong>do</strong>s três fatores de produção. Todavia, já que ao mesmo tempo o termo capital, através<strong>do</strong> antigo conceito de origem - o mais tarde chama<strong>do</strong> capital priva<strong>do</strong> - manteveo contato com o fenômeno da geração de juros que atua na <strong>do</strong>utrina sobre os ren­ ~ :IIIdimentos, ocorreu, a partir dali, esse fenômeno curioso, que devia tornar-se a fonte : 31de tantos erros e confusões: o fato de duas séries basicamente diferentes de fenômenose problemas serem tratadas sob o mesmo termo. Na nuança <strong>do</strong> capital deeconomia pública, o "capital" tornou-se herói e porta<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s mais importantes pro­::ii!mblemas da natureza da produção, e na nuança <strong>do</strong> capital de economia privada o-;-m""'capital tornou-se herói e porta<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s problemas, basicamente diferentes, <strong>do</strong>s juros~:oJ<strong>do</strong> capital.'c5illllAqui é importante deixar claro que as duas nuanças <strong>do</strong> conceito de capital cria­,",::' Idas por Smith são propriamente <strong>do</strong>is conceitos perfeitamente independentes, que ~<strong>do</strong> ponto de vista <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> se baseiam em um fundamento completamente diferentee só estão liga<strong>do</strong>s entre si por um laço frouxo; todavia, o acaso quis queexatamente essa relação externa secundária ensejasse dar o nome de capital ao con- .ceito mais jovem, e com isso se chegasse a dar o mesmo nome aos <strong>do</strong>is conceitos. 2. 1Com efeito, a tônica <strong>do</strong> conceito de capital de economia privada reside, como acabamosde indicar, na relação com o rendimento de juros, na sua propriedade de ~"fonte de rendimentos"; ao contrário, a tônica <strong>do</strong> conceito de capital de economialoeUpública está na relação com a produção, na sua propriedade de "instrumento deD!.1produção"; e o elo frouxo que une os <strong>do</strong>is conceitos está na circunstânciq casual .1de os estoques de bens que servem ao honlem para a produção serem os mesmos1iI"'!que são, para um povo, considera<strong>do</strong> como to<strong>do</strong>, fonte de ganho e juros, portanto,­~capital na primeira acepção. Esta última relação deu ao conceito de capital de eco­liiI!IIIIInomia pública a denominação, mas de mo<strong>do</strong> algum lhe deu seu conteú<strong>do</strong> vital.t::IZ:Este, ele o encontrou com tanta exclusividade na sua relação com a produção quemuito ce<strong>do</strong> se passou a basear somente nessa relação também a definição formal -~<strong>do</strong> capital, se passou a definir. o mesmo como um conjunto de "meios de produção -tproduzi<strong>do</strong>s" e similares, e ao final acabou-se não se preocupan<strong>do</strong> mais nem sequer']ll!Il.!!!Icom o fato de, à luz de uma análise mais acurada, o conjunto <strong>do</strong>s meios de produ­1" "Terra. trabalho e capital" (N. <strong>do</strong> TIrr:lilll:iii!:Dl!

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