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DETERMINISMO PSVCHICO 175<br />

trarios, de affirmar ou negar, de se approximar<br />

ou fugir da mesma coisa. Conhecemos<br />

essa faculdade pelo senso intimo. Verdade é<br />

que DESCARTES pensa que, se nós conhecêssemos<br />

sempre de modo claro e certo o que<br />

é verdadeiro, e o que é bom, não sentiriamos<br />

nunca a diíficuldade de deliberar, de escolher<br />

entre acções oppostas. DESCARTES então<br />

parece um discípulo de SOCRATES, e affirma<br />

positivamente que só a ignorância leva<br />

o homem a commetter actos reprovados pela<br />

moral e pelo direito: omnis peccans est ignorant.<br />

Se assim é, não são as nossas determinações<br />

resultantes de factores independentes<br />

da nossa vontade? Não, responde<br />

DESCARTES, porquanto, se o espirito humano<br />

em presença da evidencia não pôde tomar<br />

uma resolução contraria, é a vontade livre<br />

que, pelo facto do exame, da attenção prestada,<br />

do esforço mental, adquire a evidencia.<br />

A evidencia em um assumpto qualquer<br />

é o resutado da vontade livre. Demais, para<br />

darmos provas da nossa liberdade moral, nós<br />

praticamos muitas vezes actosque só têm esse<br />

motivo determinante. Foi provavelmente desse<br />

pensamento de DESCARTES que FOUILLÉE derivou<br />

a sua theoria da idéia—força da liberdade.<br />

SPINOZA ensina resolutamente que nada<br />

ha contingente na natureza dos seres ; tudo,<br />

pelo contrario, é determinado pela necessida-

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