15.04.2013 Views

/^m. - STF

/^m. - STF

/^m. - STF

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

198 ESTUDOS DE PIIILOSOPHIA DO D1KEITO<br />

gos; a ideia da gloria não lhe suscita a menor<br />

emoção, e por isso não constitue um motivo,<br />

um propulsor, para a sua vontade. Já<br />

vimos que não basta a ideia ; a emoção é indispensável<br />

para termos um motivo.<br />

A força dos motivos é relativa. Os motivos<br />

não têm uma energia intrínseca. 0 seu poder<br />

depende do caracter individual da pessoa<br />

em cujo espirito actúain. Assim como,segundo<br />

atheoria microbiana,para que se produza uma<br />

determinada moléstia, não basta o ingresso<br />

do bacillo no organismo, e é necessário que o<br />

vibrião encontre um terreno propicio á sua<br />

acção devastadora, assim também, para que<br />

se verifique o phenomeno da volição, é necessário<br />

que o motivo se case com a constituição<br />

psychica do indivíduo. Além das gradações<br />

de que é susceptível a inteligência<br />

humana, o que faz que uns comprehendam<br />

certas razões de agir, que a outros passam<br />

despercebidas, ainda temos como elementos<br />

diversificadores da constituição psychica as<br />

idéias e os sentimentos de justiça, as noções<br />

acerca da utilidade, os sentimentos de benevolência,<br />

de generosidade, e muitos outros,<br />

ministrados pela educação. 0 receio de causar<br />

o mais pequeno incommodo aos seus similhantes,<br />

que levava Marco-Aurelio a viver<br />

em um perpetuo e ininterrupto constrangimento,<br />

receio que é um motivo sufficiente,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!