15.04.2013 Views

/^m. - STF

/^m. - STF

/^m. - STF

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

260 ESTUDOS DE PHILOSOPHIA DO DIREITO<br />

rendo dar um exemplo, bem frisante, do I<br />

que se chama uma causa em philosophia,<br />

aponta-nos estes fados produzidos pelo raio : !<br />

uma casa incendiada, um animal morto, um 1<br />

rebanho dispersado, um homem estendido<br />

no chão sem sentidos. Todos esses factos<br />

têm uma causa única, o raio (')• Esta causa i<br />

— o raio— por sua vez é e/feito de outro facto,<br />

e assim por diante. Consequentemente,<br />

para que tenhamos uma causa, não é necessário<br />

sequer que haja uni ser consciente;<br />

um phenomeno do mundo physico, inorgânico,<br />

produzido por outro, ou por outros phenomenos,<br />

é causa de phenomenos ulteriores.<br />

E' que a causa, segundo a definição de-NAviLLE,<br />

consiste na força ou poder productor<br />

de um facto.<br />

Acceito o determinismo psychico, as idéias<br />

de mérito e demérito são facilmente explicáveis<br />

e comprehensiveis. Nota com muita razão<br />

FOUILLÉE que, ao termos noticia de um acto<br />

voluntário, do domínio da ethica, ou que<br />

pôde ser qualificado como acto bom ou mau,<br />

indagamos logo qual é o caracter do agente,<br />

e quaes os motivos que lhe impulsionaram<br />

a vontade. Se não conhecemos o caracter do<br />

autor, nem os motivos do acto, abstemo-nos<br />

de proferir qualquer juizo moral sobre o<br />

(*) La Définition de la Philosophie, n. 32, Paris, 1894.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!