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452 ESTUDOS DE PHILOSOPHIA DO DIREITO<br />

Vê-se que o pensamento de Ihering oscilla<br />

entre o livre arbítrio e o determinismo.<br />

Não ha na Evolução do Direito uma convicção<br />

precisa e segura no que toca a esta<br />

magna questão philosophica, que os espirites<br />

frivolos desdenham, mas que para os pensadores,<br />

dignos deste nome, é "o problemaphilosophico<br />

por excellencia\ a chave que nos<br />

dâ a solução de innumeras diffieuldades das<br />

sciencias sociaes.<br />

E, assim, a distincção entre causalidade<br />

e finalidade, feita por Ihering, ficou reduzida<br />

ao reconhecimento de uma verdade banal, que<br />

nenhum espirito esclarecido põe em duvida.<br />

Tanto os adeptos do livre arbítrio, como os<br />

sectários do determinismo, estão concordes<br />

em que o mecanismo da vontade diffère do<br />

das causas materiaes, ou do mundo physico.<br />

0 que nos interessaria, era saber se a vontade,<br />

subordinada á lei da finalidade, movida<br />

por um fim, é arrastada necessariamente por<br />

esse motivo, ou pôde resistir-lhe. Neste ponto,<br />

Ihering não se pronuncia com segurança,<br />

não se revela um philosopho, repete contradictoriamente<br />

o que já tem sido tão claramente<br />

explanado.<br />

0 ponto de partida da theoria de Ihering<br />

é a reproducção de uma verdade philosophica<br />

sem alcance, que pôde ser admittida em<br />

qualquer systema. Ficamos sabendo que a

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