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264 ESTUDOS DE PHILOSOPHIA DO DIREITO<br />

pratica de uni acto, a que fomos levados por<br />

iim motivo mau. Quando, passado algum<br />

tempo, nos convencemos da nossa inferioridade<br />

psychica no momento de realisar o acto<br />

mau, vemos que a nossa intelligencia não<br />

tinha uma percepção exacta, uma visão bem<br />

nitida, dos factos, ou que a nossa sensibilidade,<br />

arrastada por alguma inclinação<br />

cega e exclusivista, nos impelliu á perpetração<br />

de um facto cujas conseqüências perniciosas<br />

só depois descortinámos em toda a<br />

sua extensão, sentimos um estado desagradável,<br />

penoso, da consciência, e revoltamonos<br />

contra nós mesmos. Se tivéssemos reflectido<br />

mais, estudado mais pacientemente<br />

as conseqüências do acto praticado, não teríamos<br />

agido como agimos. Uma outra pessoa,<br />

de mais esmerada educação moral e<br />

intellectual, teria procedido de modo diverso.<br />

Fomos uns seres inferiores, fomos perversos,<br />

no momento da realisação do acto,<br />

de que nos arrependemos, isto é, que actualmente<br />

nos causa mágua, porque actualmente<br />

a nossa intelligencia lhe percebe as conseqüências<br />

nocivas, e á nossa sensibilidade<br />

repugnam essas conseqüências. Se entendermos<br />

que a vontade é o poder independente,<br />

superior a tudo, indisciplinavel, ingovernável,<br />

de que nos falam os indeterministas, não<br />

explicaremos absolutamente o sentimento de

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