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348 ESTUDOS DE PHILOSOPHIA DO DIREITO<br />

vidade voluntária, a razão pratica encerra<br />

em si certas concepções a priori, independentes<br />

de qualquer experiência, superiores<br />

e anteriores a qualquer percepção, a qualquer<br />

juizo e raciocionio, as quaes constituem<br />

os fundamentos de todas as regras étnicas<br />

a que se subordina a vontade do homem.<br />

Todo homem, por exemplo, tem no seu<br />

espirito necessariamente a idéia de causa<br />

racional e livre, e a de dever, ou lei imposta<br />

á sua actividade voluntária moral.<br />

Kant a principio não indaga se ha realmente<br />

causas livres. Começa, affirmando<br />

que a idéia de causa livre é um concepto<br />

inhérente de modo necessário á razão humana.<br />

Uma causa é tudo o que se determina<br />

por si mesmo, e não é determinado por outro<br />

ser, ou phenomeno, ou tudo o que contem<br />

em si o principio de sua determinação. Só<br />

é causa o ser livre e racional. Procuremos conceber<br />

uma causa não livre, e havemos forçosamente<br />

de recuar diante de uma contradicção<br />

irreductivel : um ser não dotado de liberdade<br />

não se pôde dizer causa, porque os<br />

phenomenos que parece produzir, são effeitos<br />

da vontade livre de quem creou esse ser.<br />

Não podemos igualmente conceber uma causa<br />

não racional. Se existisse uma causa livre,<br />

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