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A DOUTRINA DE IHERING 417<br />

tribúa como motivo para a producção do<br />

phenomeno.<br />

0 fim—eis a alavanca que move a vontade<br />

do homem. Concebemos um estado futuro<br />

possivel, mais agradável que o estado presente.<br />

Essa concepção nos leva a agir ; é um<br />

projecto de acção offerecido á vontade pela<br />

intelligencia e pelo desejo. A acção que praticamos<br />

constitue o meio para alcançar o fim,<br />

que é o estado futuro mais agradável que o<br />

presente.<br />

A vontade do homem resolve-se, age, ,<br />

sob a pressão do interesse. Idéias abstractas,<br />

princípios e conceitos da razão, deducções<br />

lógicas não têm o poder de impulsionar a von- ^s<br />

tade. Pretender, por exemplo, que o imperativo<br />

categórico de Kant seja sufficiente para<br />

pôr em movimento a vontade, eqüivale a suppôr<br />

que se possa fazer andar um carro de<br />

mercadorias por meio de uma prelecção sobre<br />

a theoria do movimento.<br />

A vontade dirigida exclusivamente para<br />

o eu denomina-se egoísmo. Será compatível<br />

com o egoismo a vida social ? E', porquanto a<br />

sociedade, a propria humanidade se utilisa<br />

dos serviços prestados pelo egoismo, e paga-lhe<br />

os salários por elle pedidos ; interessa<br />

o egoismo na realisação dos seus fins, e por<br />

esse modo adquire o concurso desse motor<br />

da nossa vontade. A cada momento pratica-<br />

P. Lessa — Philosophia do Direito. 27

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