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Desafios para a superação das desigualdades sociaisefetivamente incorporar na prática a idéia da interdisciplinaridade e de uma formação adequada comrelação às “novas linguagens” e “novas tecnologias”.Alguns poderão dizer que se o ensino da “gramática do texto” não tem sido eficaz para fazeros alunos aprenderem a escrever ou para valorizarem os aspectos ficcionais, literários, “lúdicos” dasobras, o mesmo acontecerá com relação à “gramática do cinema”. Permito-me discordar desta idéia.Para desenvolver uma visão mais “lúdica” e “polissêmica” dos filmes (e aqui me refiro às idéias deEni Orlandi 41 e a um texto que escrevi anos atrás sobre o cinema voltado para o público infantil 42 ), épreciso primeiro abandonar as abordagens tradicionais (estas, sim, “autoritárias” e superficiais) queconsideram apenas seus temas, seu enredo. Um mínimo conhecimento da linguagem cinematográficaserá extremamente útil não apenas para uma leitura mais aprofundada dos filmes em si, mas tambémdos próprios temas e do enredo abordados. E aí, sim, a partir de um maior aprofundamento na análisedas estruturas fílmicas, teremos uma visão mais plural, múltipla do fenômeno cinematográfico, maispróxima da realidade contemporânea.O caminho a percorrer se inicia, pois, na “gramática”, mas com o único objetivo de alcançarum nível de aprofundamento que só a “pluralidade” e o “lúdico” dos filmes podem nos proporcionar.REFERÊNCIASAMADO, Janaína. Diogo Álvares, o Caramuru, e a fundação mítica do Brasil. Actas dos IV CursosInternacionais de Verão de Cascais - Mito e Símbolo na História de Portugal e do Brasil. Portugal,Câmara Municipal de Cascais, 1998, p. 175-209. Disponível em:http://folk.uio.no/steisat/Tekster/Amado%20Caramuru%20portugisisk.pdf. acesso em 14/11/2012.ARAÚJO, Vicente de Paula. Salões, circos e cinemas de São Paulo. São Paulo: Perspectiva, 1981.CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora da UNESP, 2011.CHARTIER, Roger. A ordem dos livros. Brasília: Editora da UnB, 1999.ESTEVES, Lenita. Caramuru, do épico ao filme: o que se traduz e o que se adapta nessatransformação? Anais do Encontro Regional da ABRALIC. São Paulo: USP, 2007.MACHADO, Arlindo. Pré-cinemas e pós-cinemas. Campinas: Papirus, 1997.ORLANDI, Eni Pulcinelli. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. Campinas:Pontes, 1987.PELBART, Peter Pál. O tempo não reconciliado: imagens de tempo em Deleuze. São Paulo:Perspectiva, 2010.SALEM, Rodrigo. Peter Greenaway ataca obsessão por filmes “bobos” e desdenha do 3D. Matéria eentrevista com o cineasta inglês. Folha de São Paulo, Ilustrada, 12 de março de 2012. Disponível em:http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1060319-peter-greenaway-ataca-obsessao-por-filmes-bobos-edesdenha-do-3d.shtml.Consultado em 14/11/2012.SENA, Tatiana. As traduções intersemióticas do romance Triste Fim de Policarpo Quaresma. Anaisdo VI ENECULT – Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, realizado na UFBA, em maiode 2012. Disponível em: http://www.cult.ufba.br/wordpress/24466.pdf. Consultado em 14/11/2012.STEYER, Fábio Augusto. Cinema, imprensa e sociedade em Porto Alegre – RS (1895 – 1930). PortoAlegre: EDIPUCRS, 2001.STEYER, Fábio Augusto Steyer. Literatura e cinema: algumas reflexões sobre a produção voltadapara o público infantil. Revista Letras de Hoje, vol. 43, nº 02. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.41 O contraponto entre um “discurso autoritário” e um “discurso lúdico”, termos usados pela autora, aparece no texto de EniOrlandi que está referenciado no final deste artigo.42 O texto, publicado na revista Letras de Hoje, da Faculdade de Letras da PUCRS, está nas referências no final do trabalho.140

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