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Desafios para a superação das desigualdades sociaiscompreende, consequentemente, diferentes dimensões de nossa cultura, de suasrelações com a escrita e com o letramento, assim como processos sociais, culturais eeconômicos de diferentes facetas da produção editorial brasileira significam tambémcompreender o livro escolar brasileiro. (2002, p.534)Muitos pesquisadores (como Batista, 2002; Coracini, 2011, Freitag, 1989, etc.) têm como focode pesquisa o LD. Antes de prosseguirmos para a questão atual dos seus usos, faremos breve históricodos LD. Esse histórico tem o propósito de refletir sobre a mutabilidade dos LD ao longo dos anos.Essa reflexão compreende desde seu formato até sua comercialização.Vale ressaltar que não enxergamos esse nosso objeto de estudo como se ele sempre tivesseexistido na forma como o conhecemos, nem acreditarmos que sempre terá esse formato. Pois, comonos lembra Batista (2002), “é, por fim, um objeto multifacetado, que possui diferentes dimensões,relacionadas às condições com base nas quais é construído.” (Ibid., p. 566). O LD faz parte da históriada escola, e fez parte da vida de quase todos que passaram por essa instituição. Talvez, por isso, eleseja aceito, muitas vezes, sem ser questionado.Hoje o LD é tratado – frequentemente – como uma mercadoria de consumo, como indicaBatista (2002):os impressos didáticos são uma mercadoria e que, consequentemente, sua produção,circulação e utilização são regidas por uma infra-estrutura organizada em torno daspossibilidades materiais, técnicas, institucionais e comerciais de uma determinadasociedade, num determinado momento de sua história. (Ibid., p. 554).Batista, além de indicar o percurso histórico do LD, também analisa a inserção deste em salade aula. Ele destaca a questão do LD ser um mediador entre o conhecimento e os alunos. Essatendência surgiu antes da década de 70, e possibilitava aos professores um alto grau de autonomia,pois os livros não se dirigiam aos alunos e não continham atividades ou exercícios. Cabia aosprofessores fazerem a mediação entre os conteúdos e seus alunos, desenvolvendo as atividades eguiando-as. Também, foi ao longo das décadas de 60 e 70, que os livros “terminam por alcançar suaforma padrão atual, de cerca de 27X21 cm.” (Ibid., p. 554). Ou seja, somente nessa época que os LD,como os conhecemos, adquiriam esse formato.Além disso, os LD são produzidos em um ambiente complexo. Esse processo envolve aparticipação de autores e editores. Segundo Souza (2011):A autoria do livro didático está associada, predominantemente, ao sujeito escritor,considerado autor desde que sua autoridade seja legitimada pela editora que o valida.Trata-se da força do aparato editorial a serviço do aparelho ideológico do estado.(Ibid., p. 28)4 AS ANÁLISESAnalisamos três exemplares de LD de língua inglesa no intuito de verificarmos nossosobjetivos. Se as representações socioculturais:1. Possuem características gerais comuns: são colocados como caricaturas e tendem aoestereótipos;2. São orientadas pelo senso comum;3. Tendem a ser desconectadas de qualquer situação econômica, social, política e da históriado país;4. Não possibilitam aos usuários dos LD a terem acesso a diferentes pontos de vista sobre acultura-alvo.5. Colocam algum tipo de estranhamento para os usuários do LD.Depois de nossas análises, pudemos observar que no exemplar New Interchange Third Edition(doravante NITE) os personagens que pudermos afirmar serem estrangeiros encontram-se isolados dacultura estadunidense. Não conseguimos identificar nenhum exemplo de estrangeiro interagindo compessoas nativas.444

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