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Desafios para a superação das desigualdades sociaisAs imagens e ilustrações presentes nos livros didáticos de História também estão presentesentre pesquisas realizadas; trata-se de um enfoque recente, pois as oito obras encontradas sobre o temaforam produzidas entre 2003 e 2005. Para exemplificar, cita-se Bueno (2003) que investiga as formasde leitura das imagens durante o fim do século XIX, comparativamente com as do final do século XX,verificando a presença imagética em diferentes períodos do livro didático e, por fim, sugerindo o usoda iconografia em sala de aula pelos professores e discentes.Quanto aos usos dos livros didáticos de história, trabalhos realizados analisam tanto aperspectiva dos professores quanto a dos alunos em relação ao material. A pesquisa de Matella (1994)é um exemplo, ao investigar a relação de uma abordagem histórica mais “recente”, da Escola deAnnales, presente nos manuais didáticos, e os usos destes em sala de aula pelos professores. Apesar deconservarem certa distância em relação aos conteúdos, os docentes mantém uma dependência doslivros didáticos quando se trata da forma didática. As concepções inovadoras presentes nestesmanuais, embora presentes no ambiente escolar, não são incorporados totalmente pelo professor emsuas aulas, que prefere se ater às práticas e abordagens que já possui familiaridade. Lima (2004),partindo da ótica dos alunos em relação ao livro didático de História, expõe a leitura de imagens feitapor crianças da 5ª série, e afirma a possibilidade presente nos manuais didáticos de autonomia dosalunos, mas que é necessário situá-los em suas vivências e realidade que presenciam.Apesar do crescimento no número de pesquisas sobre o tema do livro didático de História,como é observável pelo aumento nas contribuições acadêmicas nos 25 anos analisados pelas autoras, amaior parte destes trabalhos são da Educação e não necessariamente da História, o que leva à reflexãode que o interesse pelo livro didático e pelo Ensino de História é ainda pequeno no campo da História,e dos programas de pós-graduação em História, como afirmam as autoras. Apesar da existência de umnúmero significativo de trabalhos sobre o uso de fontes, ainda são necessárias investigações queanalisem as formas sobre como os livros vêm sendo produzidos em especial quanto a esse ponto. Poroutro lado, as recentes contribuições da Teoria da História ao ensino da História a partir de Jörn Rüsen- que já produziram um acervo significativo de trabalhos no âmbito do Laboratório de Pesquisa emEducação Histórica (LAPEDUH) da Universidade Federal do Paraná - estabelecem novas questões aserem investigadas a partir desses referenciais.2.3 Os livros didáticos A e B: características geraisOs dois livros didáticos de História analisados são referentes ao 5º ano do Ensino Fundamentale fazem parte do PNLD 2010, 2011 e 2012. Foram selecionados porque estão em uso em duas escolasmunicipais de Curitiba, e por fazerem parte do cotidiano nas salas de aula destas escolas. Um deles foiproduzido pela Editora Moderna, em 2007, tendo como editor responsável Cesar da Costa Junior,bacharel e licenciado pela Universidade de São Paulo. O segundo livro foi desenvolvido pela EditoraÁtica, pelas autoras Maria Elena Simielli e Anna Maria Charlier, das áreas de Geografia e História.O livro organizado por Costa Junior (LIVRO A) possui 136 páginas, é divido em 9 unidades,todas contém sempre 3 subtemas, cada um deles acompanhado de atividades, seguidos por uma“ampliação”, que é a apresentação de um assunto relativo àquela unidade apresentado de forma maisdetalhada, e em seguida atividades que abordam toda a unidade trabalhada, como forma de revisão. Asunidades contam ainda com mais dois itens que se alternam: atividades de redação com base em umtexto sobre o assunto relativo à unidade em questão, que os alunos devem ter como referência naprodução de um texto próprio; e o item “O mundo que queremos”, um texto crítico acerca de algumassunto que possui relação com o tema da unidade a que faz parte, e tem paralelo com o presente, paraque os alunos reflitam sobre a sua realidade e possam modificá-la.O LIVRO B, de Simielli e Charlier, por sua vez, é dividido em quatro unidades distribuídas aolongo de 152 páginas, cada uma destas divisões contendo dois subitens cada, e no final de cada duasunidades, uma revisão geral do que foi apresentado anteriormente, com atividades propostas.Para exemplificar a forma como o LIVRO A estrutura o trabalho, destaca-se a unidade 1, “Aexpansão da Colônia”, que em um primeiro momento apresenta fontes imagéticas e a proposta deleitura das mesmas, com algumas perguntas que se propõe a analisar as imagens. O capítulo é aindadividido em seis partes, dividindo o conteúdo em categorias, acompanhado de textos que ampliam um354

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