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Desafios para a superação das desigualdades sociaisâmbito como o escolar, os sujeitos costumam integrar práticas e saberes que provêm de outrosâmbitos” e esses se apresentam como “rupturas” e “cruzamentos” na construção da escola.Em relação à escolha dos livros didáticos o que prevalece são as imagens e a linguagemtextual, tendo como preocupação o interesse e a aprendizagem do aluno. Cabe aqui ressaltar que essaimagem pode ser entendida como um processo de representação de um fato real seguido da atribuiçãode um significado a esse fato, na dimensão simbólica ou da imaginação (MOURA e ROSA, 2011). Emambas as dimensões a construção dos saberes didatizados são facilitados e sob o olhar do professoressas imagens remetem também nas lembranças de sua vida escolar enquanto aluno, projetando paraos bons momentos vivenciados no mundo escolar.5 CONSIDERAÇÕES FINAISEste estudo teve como objetivo identificar as relações de escolha e uso do livro didático pelosprofessores de 6º ao 9º ano do ensino fundamental. As respostas indicaram que a relação do professorcom o livro didático pode ser interpretada como reflexo das experiências acumuladas ao longo de suaprática em sala de aula, moldada por sua formação acadêmica, pela experiência pessoal, pelos valorese pela adaptação aos novos modelos educacionais, e que a interação entre professor e livro didáticosob essas características, representa o ponto norteador para compreender a utilização do livro peloprofessor na sala de aula.Sob o ponto de vista da pesquisa, ainda há lacunas em relação ao entendimento do livrodidático como um elemento imerso na cultura da escola. Nessa direção aponta-se para a necessidadede continuar as pesquisas para analisar as relações entre os conhecimentos culturalmente aceitosapresentados pelos livros didáticos mediados pelo professor e a cultura local.Há também lacunas em relação à identificação de ações significativas que possam despertar ointeresse e a motivação para a utilização do livro didático não apenas como um “transmissor” deconceitos e saberes, mas também como um elemento que estimule o estabelecimento desses conceitose saberes com as vivências culturais da comunidade em que ele está sendo usado.Para Bourdieu (1996, p.248), um livro não chega jamais a um leitor sem marcas. Ele émarcado em relação ao sistema de classificações implícitas (...) quando um livro chega a um leitor,está predisposto a receber marcas que são históricas. Para toda pessoa que conviveu no mundoescolar, o livro deixou alguma marca e certamente o professor apresenta muitas dessas marcas, nãosomente no campo pedagógico, mas também como um elemento de sua história enquanto profissionale indivíduo que influencia e é influenciado pelas transformações sociais.REFERÊNCIASBAGANHA, D.E. O papel e o uso do livro didático de ciências nos anos finais do ensinofundamental. Dissertação (Mestrado em Educação) – Setor Educação, Universidade Federal doParaná, Curitiba, 2010. Disponível emhttp://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/26239/IMPRESSAO_biblioteca_UFPR.pdf?sequence=1 . Acesso em 06 jun.2012.BATISTA, A.A.G. Um objeto variável: textos, impressos e livros didáticos. In:ABREU,M.(org.).Leitura, história e história da leitura, Campinas, São Paulo: Associação de Leitura doBrasil: Fapesp, 1999.BARCELOS, M.O.; MARTINS,M.I. Livros de ciências recomendados pelo PNLD: a visão deprofessores de ciências de escolas públicas de BH. . VII Encontro Nacional de Pesquisa em Ensinode Ciências. 2011, Campinas. Disponível em: http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/. Acesso em 12maio2012.BOURDIEU, P. A Leitura uma prática cultural: debate entre Pierre Bourdieu e Roger Chartier. In:CHARTIER, R. Práticas de leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 1996.182

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