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O papel dos manuais didáticos e das mídias educativasabstrações são construídas à medida que os dados particulares recolhidos vão sendo agrupados. Essaforma de pesquisa é designada por Grounded Theory, na qual o investigador que planeja elaborar umateoria sobre o seu objeto de estudo só poderá estabelecer a direção de sua pesquisa após a recolha dosdados. (BOGDAN; BIKLEN, 1994, p.50).Diante das considerações desses autores apresento as análises realizadas. Para fins de umestudo comparativo optei por analisar as coleções mais escolhidos pelas escolas municipais deCuritiba. Anos iniciais a coleção Projeto Buriti: História (THAHIRA, 2011) e anos finais a coleçãoVontade de Saber História (PELLEGRINI, M.; et al, 2009).Após análise das coleções constatei que o conceito substantivo escravidão africana no Brasilestá indicado como conteúdo a ser ensinado, com maior ênfase nos manuais de 5º ano e o 7º ano.Em relação ao manual do 5º ano a narrativa adotada pelo autor é linear, segue a historiografiatradicional brasileira: Brasil Colônia, Império e República. O conceito escravidão aparece ao longo danarrativa privilegiando, especialmente questões referentes às categorias trabalho escravo e formaçãodo povo brasileiro/cultura brasileira.Quadro 1 Categorização do conceito substantivo escravidão africana no Brasil: manual didáticoProjeto Buriti: História – 5º anoCategoriasIdeais mais recorrentesOs povos que vieram daInstrumentos, como a bateia e a canoa, e técnicas deÁfricatrabalho subterrâneo foram introduzidos por africanos que vieramda chamada Costa da Mina, na África Ocidental. (p.28).Trabalho escravoPara trabalhar nos engenhos de cana-de-açúcar, foi adotadaa mão de obra escrava: pequena parcela de indígenas e uma grandemaioria formada por negros. (p.10).Os negros escravizados, responsáveis por realizar todo tipode trabalho, formavam a maioria da população. (p. 26).O trabalho nas minas: Quem trabalhava nas minas?A maior parte dos trabalhadores era composta de negrosescravizados. (p.28).Crianças trabalhadoras no passado e no presente (p.34)A presença do escravo no cotidiano: Os escravos de ganho;Os escravos domésticos (p.58-59)Os trabalhadores da lavoura cafeeira:As lavouras de café precisavam de uma grande quantidadede trabalhadores. Por isso, muitos africanos escravizados foramtrazidos para o Brasil na primeira metade do século XIX. (p.66).Luta e resistênciaA resistência de indígenas e de negros escravizadosA mão de obra: indígenas e africanosA resistência dos indígenasA resistência dos negros escravizados (p.14-15)Formação do povoA valorização da cultura afro-brasileirabrasileiro/cultura afrobrasileiraReligião e arte; A importância das irmandades; Artistas doA capoeira (p.15-17).barroco mineiro (p.30-31).As festas no tempo do Império: As festas populares (p.54)Fonte: pesquisa da autora (2012)Na categoria trabalho escravo, as ideias mais recorrentes estão ligadas a narrativas como“Para trabalhar nos engenhos de cana-de-açúcar, foi adotada a mão de obra escrava: pequena parcelade indígenas e uma grande maioria formada por negros”; “Os negros escravizados, responsáveis porrealizar todo tipo de trabalho, formavam a maioria da população”; “O trabalho nas minas”; “A maiorparte dos trabalhadores era composta de negros escravizados”; “Crianças trabalhadoras no passado eno presente”; “A presença do escravo no cotidiano: os escravos de ganho, os escravos domésticos”;“Os trabalhadores da lavoura cafeeira: as lavouras de café precisavam de uma grande quantidade de51

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