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O papel dos manuais didáticos e das mídias educativas2 PRÁXIS E DIALOGICIDADE PARA A MEDIAÇÃO DE TECNOLOGIASNeste tópico me arriscarei a apenas demonstrar o cerne destes dois conceitos baseados emPaulo Freire e suas possibilidades para a mediação com tecnologias no âmbito educacional, acreditoque definições mais amplas e voltadas para outros contextos precisariam de maiores leituras queremetam a um estudo mais aprofundado os mesmos.Coloco assim a práxis como célula do trabalho mediado por tecnologias: “a palavra nadimensão de uma práxis, ou seja, a ação mediada pela reflexão da ação” (FREIRE, 1987, p.77), ouseja, quando nos expressamos dentro de processos educacionais-tecnológicos não o fazemos apenaspela palavra, mas sim, pela relação estruturada entre o par de ação-reflexão. Como já coloque acimaentendo esta reflexão a mesma colocada no MEF que é aliada a crítica e a pesquisa. Deste modo aação acompanhante ponta para o sentido da construção intensa de conhecimento.Quando mediamos tecnologia em processos educacionais, nesta perspectiva, estamosintensamente construindo conhecimento educativo. Neste sentido, portanto estamos constantementeinovando e transformando antigas perspectivas e proporcionando choques de visões de mundo para aemergência de situação-limite. Estas situações-limite são justamente situações que para sua resoluçãoexigem a práxis e seu resultado caminha para uma relação de dialogicidade.Segundo Freire (1987) este diálogo é:Por isto, o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que sesolidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos [grifos nossos] endereçados aomundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositaridéias de um sujeito no outro nem tampouco tornar-se simples troca de idéias aserem consumidas pelos permutantes (...) porque é o encontro de homens quepronunciam o mundo, não deve ser doação do pronunciar de uns a outros. É um atode criação. Daí que não possa ser manhoso instrumento de que lance mão umsujeito para a conquista do outro [grifos nossos]. A conquista implícita no diálogoé a do mundo pelos sujeitos dialógicos, não a de um pelo outro. Conquista do mundopara a libertação dos homens. (FREIRE, 1987, p.79, grifos meus)O diálogo pressupõe relações de liberdade e autonomia. Estas relações são fundamentais noconfronto com o conhecimento tecnológico. É preciso se arriscar e transitar para o mesmo almejando oalcance de uma mediação tecnológica que se efetiva quando os sujeitos são: “criadores, instigadores,inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes” (FREIRE, 1996, p.29).Portanto percebo que mediar tecnologias no ambiente educacional é em primeiro lugar, para oprofessor, estar disposto a inserir uma dinâmica intensa de estudo e problematização do conhecimentotecnológico e seu papel na sociedade buscando assim uma possível proficiência tecnológica criandoassim uma autonomia na atuação pedagógicaEm segundo lugar é o estar disposto a navegar baseado em uma práxis em relações de intensacuriosidade e criatividade para a construção de conhecimento educacional diferenciado e suatransformação. Por fim é preciso questionar qual seu papel em relação à função tecnológica que atecnologia exerce na prática pedagógica. Se esta função pedagógica esta desvirtuada ou pode sersubstituída por processos mais simples (como quadro e giz, por exemplo) não houve mediaçãopedagógica, mas sim apenas seu uso. E este uso sem racionalidade pode levar a condição que chamode usuário-leigo na educação, assunto que abordo mais abaixo.3 TECNOLOGIAS, AS RELAÇÕES DE PODER E NÃO CRITICIDADEO termo usuário-leigo para a interação com tecnologias na prática profissional do professor,pode parecer provocativo, mas está longe disso, na verdade o mesmo revela uma prática não reflexivae nada racional que está altamente baseada na prática pela prática e muito longe de uma proficiênciatecnológica e revela um faceta possível da relação opressor-oprimido que Freire (1987) descreve.Isto revela-se devido a natureza do conhecimento tecnológico e sua produção as quais nãopodem ser indiferentes a reflexão crítica necessária a formação dos professores. A sátira “Tempos27

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