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Desafios para a superação das desigualdades sociaislivros mais solicitados pelos professores e de estabelecer critérios gerais de avaliação, que foramtornados públicos pela primeira vez em 1994. A partir de 1996 teve início a política de avaliação doslivros didáticos para o Ensino Fundamental por especialistas convidados e, a partir de 2002, asuniversidades foram chamadas a fazer parceria com o Ministério da Educação para realizar estetrabalho.Em 2003, o MEC estendeu o modelo do PNLD para os livros de Ensino Médio (PNLEM),seguindo o modelo de avaliação, aquisição e distribuição já existente. Em 2009, a distribuição paratodas as séries e componentes curriculares da Escola Básica universalizou a presença dos livros nasescolas públicas brasileiras, por meio de um programa nacional.É interessante destacar que, apesar de existir desde 1985 como um programa nacional e, dessaforma, constituindo uma política pública relativa aos livros didáticos, é na segunda metade da décadade 1990 que se estrutura um conjunto de parâmetros detalhados para a produção dos livros didáticos,regras e condições para apresentar livros à avaliação e especialmente os critérios para essa avaliação.Com relação aos critérios, constata-se que foram sendo modificados ao longo das duas últimasdécadas, observando-se que foram sendo ajustados a determinadas concepções teóricas emetodológicas nas disciplinas específicas, mas também em relação à inclusão de critérios relativos aosdireitos de grupos sociais específicos e à cidadania. (GARCIA, 2011).A cada novo processo avaliativo, o Ministério da Educação divulga um Edital com ascondições e critérios gerais e por disciplina curricular, com a finalidade de orientar as editoras. Essesindicadores são traduzidos posteriormente pela equipes de avaliação em itens, compondo tabelasrelativas às seguintes dimensões: conteúdos, metodologia de ensino, programação visual e qualidadegráfica, construção da cidadania. Há critérios eliminatórios e critérios classificatórios.Esses critérios são divulgados aos professores das redes públicas por meio de um Guia doPrograma de Livros Didáticos, cujo objetivo é tornar público o resultado da avaliação de cada obraapresentada pelas editoras, de forma a subsidiar e orientar a escolha das escolas e professores, quepodem optar por títulos que foram incluídos no Guia, acompanhados das respectivas fichas deavaliação. 13Como apontado por Garcia (2011), alguns critérios se consolidaram desde 1997 comodeterminantes da exclusão, em todas as disciplinas: ficam excluídos dos guias aqueles que apresentemmanifestações de preconceitos, erros conceituais ou ainda que não apresentem relação entre a propostametodológica anunciada pelo autor no manual do professor e sua concretização na obra produzida parao aluno.4 OS LIVROS DE HISTÓRIA E SUA AVALIAÇÃO PELOS JOVENS ALUNOSA pesquisa teve como objetivo investigar elementos utilizados por alunos do Ensino Médiopara analisar e avaliar livros didáticos de História incluídos no Programa Nacional do Livro Didático(PNLD) 2012. Diferentes estudos avaliativos no Brasil e em outros países indicam que, apesar da fortepresença dos livros didáticos nas aulas e da sua importância como um elemento que define algumascondições de ensino e de aprendizagem, são pouco frequentes os estudos que se aproximam das salasde aula para compreender o que os professores e alunos pensam sobre os manuais escolares, e tambémde que forma os utilizam para ensinar e aprender (MARTINEZ et al, 2009; GARCIA, 2009).Do ponto de vista teórico, tomaram-se como referência as indicações de Rüsen (2010) quantoao livro didático ideal, além do Guia de livros didáticos PNLD 2012 e os Parâmetros CurricularesNacionais, para propor uma investigação com estudantes do primeiro ano do Ensino Médio de umcolégio público da rede federal de ensino, localizada na cidade de Curitiba, Paraná (BR).A escola possui cerca de 1500 alunos distribuídos em vinte cursos técnicos integrados esubsequentes. Está localizada na região central de Curitiba, atende jovens oriundos de diferentesbairros e de outros municípios próximos a Curitiba. Esses jovens entram na escola a partir de umprocesso seletivo que disponibiliza setenta por cento das vagas para estudantes cotistas (cotas sociais eraciais, incluindo-se afrodescendentes e indígenas).13 Os Guias produzidos a partir de 2007 estão disponibilizados em http://www.fnde.gov.br/index.php/pnld-guia-do-livrodidaticoacesso em junho de 2011.62

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