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Desafios para a superação das desigualdades sociaisREPRESENTAÇÕES DE GÊNERO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICAREPRESENTATIONS OF GENDER IN MATHEMATICS TEXTBOOKSLindamir Salete CasagrandeUNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ/ GeTec- PPGTElindasc2002@gmail.comMarilia Gomes de CarvalhoUNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ/ GeTec- PPGTEmariliagdecarvalho@gmail.comRESUMO: O objetivo deste artigo é apresentar uma parcela dos resultados de uma pesquisa quevisava analisar as representações de gênero nos livros didáticos de matemática de 5ª e 6ª séries. Para arealização da mesma foram analisados livros didáticos do início das décadas de 1990 e de 2000.Adotou-se a abordagem qualitativa por entender que esta se adequava à elucidação da perguntaproblema(Como ocorrem as representações de gênero nos livros didáticos de Matemática?). Apesquisa é do tipo documental, sendo que os livros didáticos constituem o campo empírico. Foramanalisados os enunciados e ilustrações dos livros didáticos selecionados buscando identificar como osgêneros eram ali representados.Palavras-chave: Representações de Gênero; Livros Didáticos; Matemática.ABSTRACT: The objective of this paper is to present a synthesis of the results of research onmathematics textbooks. To perform the same textbooks were analyzed from the beginning of thedecades of 1990 and 2000. We adopted a qualitative approach to understand that this is suited to theelucidation of the question-problem (How occur gender representations in textbooks of mathematics?).The research is a documentary, and the textbooks are the empirical field. We analyzed the statementsand illustrations of selected textbooks trying to identify how the genders were represented there.Keywords: Representations of Gender; Textbooks; Math.1 INTRODUÇÃOÉ comum ouvir falar que as mulheres e meninas não têm habilidade para estudar/aprendermatemática. Causa estranheza quando uma pessoa decide fazer licenciatura ou bacharelado emmatemática, causa mais estranheza quando esta pessoa é do sexo feminino. Muitas vezes, são tachadasde loucas. Pergunta-se como uma pessoa normal pode gostar de matemática, uma vez que estadisciplina é tão difícil. Entendemos que essa forma de pensar é social e culturalmente construída,sendo assim, varia de acordo com a cultura e a época. E eu, como professora de matemática, discordodas pessoas que a classificam como difícil e desinteressante. A matemática auxilia nodesenvolvimento do raciocínio lógico, da noção de espaço e é utilizada nas mais diversas situações docotidiano. Sendo assim, é útil e importante que todas as pessoas a compreendam, independente dosexo.Este artigo busca analisar a imagem de meninos e meninas, homens e mulheres passada peloslivros didáticos de matemática por meio dos enunciados e ilustrações. Cabe ressaltar que a análise foifeita a partir da perspectiva de gênero como relacional, na qual os gêneros são social e culturalmenteconstruídos na interação entre os sujeitos (COSTA, 1994) e destes com o ambiente no qual estãoinseridos. Entende-se ainda que as relações de gênero são também relações de poder (SCOTT, 1995)uma vez que, na maioria das situações, há a dominação de um gênero sobre o outro (masculino sobre ofeminino) além de haver a dominação entre sujeitos do mesmo gênero, dependendo da posiçãohierárquica que as pessoas ocupam ou do cargo que desempenham. Para Daniela Auad, “as relações degênero correspondem ao conjunto de representações construído em cada sociedade, ao longo de suahistória, para atribuir significados, símbolos e diferenças para cada um dos sexos” (2006, p. 21)66

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