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O papel dos manuais didáticos e das mídias educativasmemórias, mapas da época e jornais. As fontes que aparecem com maior frequência nesta unidade sãoas gravuras, os quadros e as fontes legislativas que são objeto de interesse nesta pesquisa. As fonteslegislativas nesta unidade são ao todo quinze, fato este, que talvez se justifique pela sua fácillocalização, visto que hoje, a maioria das fontes deste gênero, encontram-se já disponível na internet. 85Como já foi dito anteriormente, toda a coleção “História em Documento – Imagem e Texto”possui páginas espelhadas, a da esquerda apresentando o texto-base e a da direita, as atividades deinterpretação de fontes históricas. Em geral, a autora faz questionamentos sobre as diferentes fontespresentes no manual didático, visando através de perguntas, levar o aluno à interpretação da História.Na página 123, por exemplo, a autora traz três fontes históricas, duas são fontes visuais e a outra éuma fonte legislativa. Como são exploradas estas fontes pela autora? Nas pinturas, Domingues fazalguns questionamentos, buscando relacionar as duas fontes: “Que situações históricas diferenciam osdois momentos representados por essas pinturas? Por que a Corte portuguesa transferiu-se para oBrasil? Identifique nas duas imagens o Príncipe Regente D. João”. (DOMINGUES, 2009, p. 123).As perguntas feitas por Domingues direcionam a interpretação dos alunos, interpretação estaque não pode ser feita sem a leitura dos textos-base das páginas 120, 121 e 122. Com relação à fontelegislativa presente também na página 123, a autora utiliza o mesmo procedimento para levar o aluno ainterpretação da fonte, ou seja, faz alguns questionamentos. O documento trazido pela autora é umtrecho da Carta Régia de 1808 : “O que estabelecia este decreto? O que isso significava para o Brasil?Por que, anteriormente, eram proibidos o comércio e a navegação entre o Brasil e os paísesestrangeiros? Quem se beneficiava com esse decreto? Quem era prejudicado?” (DOMINGUES, 2009,p. 123). Novamente se observa que sem os textos-base fica impossível uma interpretação apropriadadessa fonte histórica, visto que o trecho da fonte escolhido pela autora não possibilita responder todosos questionamentos.Na página 125, Domingues traz uma gravura de Jean Baptiste Debret. As gravuras de Debretaparecem com frequência nos manuais didáticos e são fontes privilegiadas também neste materialempírico analisado. Para levar o aluno à interpretação da gravura de Debret, a autora faz uma brevecontextualização, faz alguns questionamentos que necessitam do texto-base para serem respondidos epede por fim para que os alunos descrevam a situação relatada: “Funcionários públicos. As decisõesde interesse geral eram anunciadas à população por autoridades municipais, vestidas a caráter eacompanhadas de comitiva. Quem ocupava os cargos públicos? Como essas pessoas eram pagas?Descreva a situação relatada” (DOMINGUES, 2009, p. 125). Todas as fontes utilizadas pela autorano manual didático possuem logo abaixo uma identificação. Por exemplo, abaixo da gravura deDebret, se lê: “O bando (proclamação municipal), gravura, Jean Baptiste Debret (1816-1831).Para fazer uma interpretação adequada do mapa, é necessário ao aluno fazer a leitura einterpretação dos textos-base e é imprescindível também a explicação do professor. O documento,nesta perspectiva, é utilizado para dar credibilidade aos textos presentes no manual e também ànarrativa do professor. Nota-se, portanto, a influência da história tradicional para o tratamento destedocumento.Ainda na página 129, a autora coloca duas litografias de Debret. No entanto, estas fontes nãosão problematizadas pela autora, nem há indicações da justificativa para estarem na página. Nota-se amesma posição na página 137, onde Domingues opta por colocar três documentos históricos: umdocumento legislativo, um relato de memória e uma pintura. Novamente a fonte imagética não éproblematizada e aparece no livro somente como uma ilustração, sem ao menos uma indicação domotivo dela estar presente ali. Esta não problematização das fontes imagéticas pode ocasionar umaconfusão entre os alunos, uma confusão no sentido da importância destas fontes para o ensino eaprendizagem histórica.A autora trabalha na página 153 com uma tabela sobre os principais produtos de exportação doPrimeiro Reinado e do Período Regencial. A atividade proposta por Domingue com base na fonte ébastante interessante, pois leva os alunos a observarem a partir das informações dadas pela tabelaquais os produtos tiveram diminuição nas exportações e qual era o principal produto de exportação nosdois períodos. Segue abaixo os questionamentos da autora: “O poder econômico dos grandes85 No site da Câmara dos Deputados, por exemplo, é possível localizar inúmeras fontes legislativas, que podem ser utilizadasem sala de aula com os alunos. Estas fontes trazem informações importantes de períodos da nossa história e diversos pontosde vista, protagonizados por parlamentares que debatiam o presente e o futuro do nosso país.345

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