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Desafios para a superação das desigualdades sociaispara que ela se efetive sugere-se que sejam exploradas "metodologias ligadas à epistemologia daHistória" (p.60)Analisando este material nota-se a predominância da história temática por eixos. Schmidt(2005) também reconhece a predominância de eixos temáticos e considera que estes devem serlevantados a partir da realidade social presente, e relacionada à realidade social dos alunos.Bittencourt(2005) destaca que a inclusão da História Temática na maneira de abordar os temas de estudo geroupolêmicas e reavaliações no ensino de História. Especialmente porque fracassou na França emdetrimento da resistência dos conteúdos tradicionais da história linear e cronológica.As Diretrizes Curriculares do Paraná indicam o encaminhamento de um processo:problematização para seleção de conteúdos (que são as ações e relações humanas), delimitação de umrecorte conceitual e espaço-temporal para esses conteúdos e finalmente, seleção de conteúdos específicosque atendam a problemática em questão.Desde então, ocorreu uma abertura aos debates acerca dos novos suportes, novas linguagens,novas fontes e novas abordagens para o ensino de História, marcas que estão nas diretrizes de 2008.Mas, para além disso, a presença de um referencial bastante específico – amatriz disciplinar de Rüsen – permitiu avançar na compreensão da especificidade do ensinar eaprender a História que deve ser debatido com os professores em processo de formação continuada.Pode-se constatar que as diretrizes da década de 2000, no Estado do Paraná, evidenciamconteúdos e procedimentos que efetivam uma maior aproximação entre a Ciência Histórica e o seuensino na escola básica. Considera-se que o apoio na matriz disciplinar de História, que foi difundidano Brasil recentemente e que teve no Laboratório de Pesquisa em Educação da Universidade federaldo Paraná um centro essencial dessa difusão, contribuiu para apontar as possibilidades dessa aproximação.Nessa perspectiva, nas diretrizes analisadas a relação conteúdo e forma avança na direção desuperar a distância entre História e sua Didática. Outro ponto a destacar está no avanço doentendimento da aprendizagem apoiada em uma forma específica de cognição, diferentemente dosmateriais anteriores que ainda respondiam fundamentalmente a essa questão sob a influência dapsicologia genética.Esses dois pontos parecem sugerir que houve um caminho percorrido nos materiais do Estadodo Paraná que possibilitam novos elementos para o diálogo entre a Didática Geral e a Didática daHistória no que se refere às relações entre conteúdo e forma como um do método de ensino.3 CONCLUSÃOAo analisar os diferentes aspectos dos materiais didáticos aqui analisados, destinados aorientar a formação de professores de História no Estado do Paraná da década de 1970 até os diasatuais, pode-se dizer as concepções de ensino e aprendizagem foram alteradas de maneirasignificativa. Pode-se falar de uma "caminhada" que, partindo de uma concepção de ensino onde aCiência da História estava ausente nos conteúdos e métodos , seguiu para o Currículo Básico ondeHistória recupera seu espaço enquanto conteúdo e, nas Diretrizes Curriculares de 2008 se aponta apossibilidade de uma nova teoria e metodologia para o Ensino de História, na qual a Ciência daHistória ocupa lugar central.Assim, procurou-se evidenciar, através dos fragmentos dessas Diretrizes, como o documentoincentiva os professores a romperem definitivamente com a História dita tradicional, e inserirem emsua prática docente aspectos presentes na educação histórica. A partir dos trabalhos de Jorn Rüsen, osprofessores são provocados a desenvolverem a formação da consciência histórica, fazendo seus alunospensarem historicamente.A trajetória percorrida nestas pesquisa evidenciou que a intenção de entender o que se passahoje com o ensino de história não poderia ter se detido tão somente na análise dos métodos, e naspráticas de ensino atuais, ou nas Diretrizes publicadas pelo Estado em 2008.Mas, como os materiais didáticos permitiram entender, foi necessário recuperar a historicidadeda problemática das relações entre conteúdo e forma ao longo de um período maior do ensino dehistória no Brasil para, então, entender o significado dos limites e dos avanços que estão postos nessemomento.330

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