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Desafios para a superação das desigualdades sociaisexistência de processo para fazer isso me baseio principalmente me Ramalho, Nuñez & Gauthier(2004).Estes autores identificam um modelo de formação de professores no Brasil que os mesmosdenominam de “Modelo Hegemônico da Formação” (MHF) no qual segundo os mesmo:Dessa concepção de docente, emerge um “modelo formativo” baseado em determinadascaracterísticas:- no treinamento de habilidades (identificadas como competências);- em conteúdos descontextualizados da realidade profissional, fragmentados, reveladores deuma formação acadêmica fragilizada;- na distância do objeto da profissão (do processo educativo da escola), com uma evidentedicotomia teoria/prática, com o criticado estágio terminal e com escassos momentos para mobilizarsaberes da profissão na prática real. (RAMALHO, NUÑEZ & GAUTHIER, 2012, p.21)Os autores ainda continuam:Uma outra questão ligada a essa situação emerge ao se reanalisarem os contextos formativos,por vezes desprofissionalizantes, marcados por complexas relações de poder, interesses, “hábitos” ou“atitudes fragilizadas”, seja parte dos próprios professores formadores, seja do próprio processoformativo. (IBID, p.22)É possível verificar portanto, no MHF, que as estruturas de relação de conhecimento eformação são estanques e não privilegiam processos de autonomia, autoria, investigação e criatividadeem sua existência. Em contrapartida os autores propõem, baseados em uma reflexão aprofundada e embases teóricas, a pesquisa como atividade profissional e crítica como base para um Modelo Emergenteda Formação (MEF) que segundo os mesmos baseia-se:... Assumir a reflexão, a crítica, a pesquisa como atitudes que possibilitam ao professorparticipar na construção de sua profissão de sua profissão e no desenvolvimento da inovaçãoeducativa, norteia a formação de um profissional não só para compreender e explicar processoseducativos dos quais participa, como também para contribuir na transformação da realidadeeducacional no âmbito de seus projetos pessoais e coletivos. (RAMALHO, NUÑEZ & GAUTHIER,2012, p.23)O MEF propõe um processo profissional onde o professor é sujeito ativo em seu processo,onde o mesmo atua no entrelace dos eixos de reflexão, crítica e pesquisa em sua vivência docente emais onde sua interação social escolar é diferenciada;A atitude de professor pesquisador, reflexivo e crítico, para a inovação educativa e socialsupõe mecanismos institucionais que facilitem a mudança da estrutura escolar. O professor não é maisum técnico que executa os procedimentos vindos de uma “racionalidade técnica”, e sim sujeitoconstrutor da sua profissão. As relações de poder dentro da escola inserem de forma diferente oprofessor nas redes de poderes e políticas da escola, uma vez que ele é sujeito ativo nodesenvolvimento do projeto pedagógico da escola, que procura romper com práticas retrógradasassumidas passivamente. Como sujeito ativo o professor é um agente de “transformação”.(RAMALHO, NUÑEZ & GAUTHIER, 2012, p.37, grifos meus)O colocado, pelos autores, sobre a atuação profissional do professor na escola que vive/viveuo MEF também pode refletir elementos fundamentais de sua prática educacional. As partes em grifona citação acima refletem elementos essenciais para o professor/profissional que se propõe a navegarpela criatividade e autonomia, percebo então que o professor ativo em seu palco escolar transita porcaracterísticas diferenciadas e que são essenciais para o trabalho educativo mediado por tecnologias.O trabalho para a transformação, as relações ativas de conhecimento e a percepção e inserçãoem uma inovação educativa são procedimentos altamente compatíveis a curiosidade em relação aoensino-aprendizagem mediado por tecnologias. Proponho que o professor nestes papéis não utilizatecnologias, mas sim, dispara e cria através delas, por isso quando me refiro a estes artefatos é queutilizo o verbo mediar. E para entender melhor isso é que proponho agora uma pequena reflexão sobrepráxis e dialogicidade.26

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