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O papel dos manuais didáticos e das mídias educativas3 A FORMALIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ALFABETIZADORES NO SOFTWAREAproveitando-se de alguns recursos próprios do meio informático o Luz das Letras pretendeuir ao encontro de uma proposta sócio-interacionista de alfabetização, familiarizando os educandos comcerta lógica de navegação que parte da exploração de imagens na tela, vai ao texto escrito desdobradoem atividades com as unidades menores da língua e, por fim retorna ao texto via produção escrita nocomputador. Essa dinâmica foi intencionalmente planejada tendo em vista amenizar a interatividadereativa marcante em sua linha de programação.Foram planejadas atividades orientadas e de livre produção. A tarefa mais difícil foi inserirrecursos informáticos em atividades livres, como produção de texto espontâneo. Para esse tipo desoftware, desenvolvido numa linguagem de programação fechada, tornou-se complexo antever osequívocos mais comuns de quem está começando a escrever para que o programa fizesse uma análiseda resposta desses enganos e em seguida fornecesse pistas. A idéia de um editor de texto específicopara a alfabetização acabou sendo abandonada devido à complexidade da tarefa, segundo a equipe deprogramadores.Apesar dessas limitações do programa, foi possível incluir no software recursos como: aanimação de imagens para induzir a busca de áreas de acesso às telas de trabalho; a utilização denarrações sonorizadas (ícone, teclado, cursor, tela, mouse, “dê enter”); demonstrações de buscas nainternet; narração apontada de textos para favorecer a pseudoleitura; inserção de palavras-âncora queacrescentam informações complementares ao um texto base; organização de um tutorial que apresentao programa e dá sugestões ao trabalho docente; indicação de que houve acerto na realização deatividades; inserção de caixas texto para incentivar momentos de escrita espontânea.Imagens caricatas foram incluídas para explorar o humor e o senso crítico dos aprendizes,ilustrando os diversos textos selecionados – com conotação poética, paródias, ditos populares,canções, folguedos, anedotas, causos, memórias, fotografias, iconográficos, além daqueles com ênfaseno utilitário, como conta de luz, cartas, logomarcas, receitas, classificados de emprego. O softwaretambém contém trechos literários a partir da produção de autores como Patativa do Assaré, PabloNeruda, Cora Coralina, Casimiro de Abreu, Mario de Andrade e Ferreira Goulart.Com essas motivações a proposta de navegabilidade do software buscou trazer à discussãoassuntos de relevância sócio-cultural e que pudessem favorecer vínculos de identidade com os adultos.Nesse formato as telas de trabalho foram programadas para dar acesso às atividades alfabetizadoras.Cada tela iniciada com um texto principal que possibilita a discussão de temas como Infância,Trabalho, Moradia, Escolarização.4 EXPERIÊNCIAS DE LEITURA E ESCRITA NO COMPUTADORA perspectiva dos sujeitos envolvidos no processo de alfabetização acrescentou outroselementos ao referencial teórico-conceitual do programa Luz das Letras. Para demonstrar os sentidosatribuídos pelos sujeitos às propostas de intervenção didática do software, apresentaremos algumasexperiências de leitura e escrita no computador, com foco nos partícipes do processo de alfabetização.Nesse intento levaremos em consideração duas perspectivas diferentes que ora se aproximam comotambém contrastam sobre vários aspectos. Trata-se dos olhares discente e docente para aspossibilidades de uso dos meios tecnológicos na alfabetização de adultos.Enquanto se utilizavam do material alfabetizandos e alfabetizadores viram-se diante dedemandas da prática comunicativa, imprimiram interpretações diversificadas aos temas e textosselecionados, revelaram indagações e contestações sobre o uso das tecnologias na alfabetização, comotambém apontaram para a necessidade de redefinições metodológicas no portador informático e naprópria prática alfabetizadora já conformada.Os alfabetizadores observaram a seleção textual do software e reforçaram como essencial ainterferência do educador na condução das discussões temáticas e no auxilio à escrita dos adultos.Nesse sentido avaliaram que a seleção textual do software estaria coerente com o público adulto.Viram nisso possibilidades de condução de processos nos quais os adultos estariam motivados emcontar suas histórias, registrá-las e por intermédio desse repertório textual levados a indagar e ampliar269

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