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O papel dos manuais didáticos e das mídias educativastemáticas extraídas da história da educação, explorando espaços alternativos organizadosdidaticamente e que ilustram o conhecimento a respeito das práticas educativas, das teoriaspedagógicas e da organização do ensino escolar em diferentes contextos e períodos históricos.A iniciativa pretendeu também levar os alunos a estabelecer contato com a pesquisahistoriográfica, por meio de análise e interpretação de filmes, textos literários, canções, pinturas,arquitetura e outras manifestações artísticas e culturais, não só para o desenvolvimento de um olharcrítico pedagógico da história da educação e suas possibilidades enquanto fontes históricas, primáriase/ou secundárias, assim como para o desenvolvimento de uma prática pedagógica que trabalhe oconhecimento da História com alunos da educação básica. E, para despertar o interesse dos alunosgraduandos para essa área do conhecimento, tornando-a atraente e sugestiva, considerando que oaprendizado de cada ser humano costuma ser tão mais efetivo quanto mais fortes forem os estímulos eas vivências. E, mesmo tempo em que sugere e oportuniza vivências que contribuam para a suaformação como docentes.A utilização da arte como um recurso para esse estudo sobre o passado é também justificadapela relação entre a experiência estética (observação de uma obra de arte) com o presente.Considerando que na apreciação de uma obra de arte ou qualquer outra experienciação da beleza apessoa se “desliga” da sua realidade prática, podemos dizer que este é um momento onde o presente évivido em sua plenitude. Por outro lado, as ações da “vida prática” estão normalmente vinculadas auma expectativa futura e quase sempre influenciadas por experiências anteriores. A arte admite no seubojo maior liberdade de expressão, posto que tem um caráter menos pragmático, na sua essência.Essa percepção se relaciona com uma concepção de “cultura desinteressada” que vai aoencontro do sentido apresentado por Gramsci, de uma cultura de ampla visão, séria, profunda,universal e coletiva, que interessa a todos os homens (Nosella, 1992, p.18), ou seja, a busca de umaformação humana e universal.A metodologia proposta para o desenvolvimento da referida disciplina teve como referênciaprimeira experiências pontuais vivenciadas no ensino da história da educação, com alunas e alunos queutilizavam em apresentações de trabalhos em equipes, recursos procedentes do teatro, da música e daliteratura. Observou-se que, durante essas experiências, os alunos “mergulhavam” na história criandocenários e desempenhando papéis, vivendo personagens de época, utilizando músicas para ouvir oupara dançar, criando poesias ou, ainda, organizando debates cujos debatedores eram os própriospersonagens da história. Depoimentos de alunos que participaram atuando ou como assistentes,comprovaram o quanto as vivências contribuíram para a análise e compreensão da história daeducação, das relações sociais que por ela perpassaram em diferentes épocas e contextos, assim comode concepções pedagógicas e respectivos fundamentos teórico-filosóficos. O principal diferencial entreessas vivências e as aulas expositivas (mesmo que dialógicas e/ou com o uso de recursostecnológicos), foi o envolvimento emocional dos alunos como elemento propulsor para odesenvolvimento cognitivo: a necessidade de aprender era motivada pela necessidade de expor esseaprendizado de maneira prazerosa.Assim, concordamos com Blasco (2006, p. 18), quando afirma que “todos sabemos, porque ocomprovamos inúmeras vezes nos outros – alunos, pessoas em formação – e de modo convincente emnós mesmos, que o progresso formativo não vem determinado apenas pelo que se conhece e pelo quese faz, mas pelo modo como se conhece e como se executa.” É a partir do modo como se tomaconhecimento de saberes e de práticas construídos e desenvolvidos por outros e do modo como osconhecimentos são transformados em ações, por outrem e por nós mesmos, que estabelecemos rumospara a continuidade desse processo. Afirma o referido autor que “a dimensão afetiva – educação dasemoções – apresenta importância particular no processo formativo. As emoções do aluno não podemser ignoradas neste processo” (Blasco, 2006, p. 21), devendo, portanto, constituírem objeto depreocupação quando se elabora um programa de ensino e, como fator importante quando se executauma atividade de cunho pedagógico. Há que se despertar necessidades no aluno e, neste sentido, asensibilidade e a criatividade constituem elementos essenciais para a concretização de ações, tanto departe dos professores quanto dos alunos. E, não esquecendo que, desse processo de aprendizagem, oprofessor é parte integrante: é preciso enfatizar que o interesse e as atitudes dos alunos refletem emgrande parte a postura do professor. Qualquer que seja a metodologia adotada, é imprescindível que sefaça acompanhar por atitudes do professor que traduzam a postura desejada e que, no dizer de Blasco,285

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