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Desafios para a superação das desigualdades sociaiscomunicativa se efetiva, pois em cada situação específica se realiza um propósito particular decomunicação.Bakhtin (1997) defende a ideia da língua como fenômeno social e argumenta que esta seconstitui continuamente na corrente da comunicação verbal. Advoga ainda que ao nos comunicarmoso fazemos por meio de um gênero do discurso. O autor conceitua e define os gêneros como tipos deenunciados, relativamente estáveis e normativos, que estão vinculados a situações típicas dacomunicação social. Como tipos temáticos, estilísticos e composicionais dos enunciados, os gênerosse constituem historicamente a partir de novas situações de interação verbal, da vida social que vão seestabilizando no interior das diferentes esferas sociais (BAHKTIN, 1997, p. 280).Diante do exposto, perguntamos como o professor, que tem por objetivo ensinar a ler e aescrever, utiliza os gêneros textuais na sala de aula? Como e quais gêneros textuais estão sendotrabalhados em sala de aula com o intuito de ensinar a ler e a escrever? Será que os cursos de formaçãode professores têm contribuído para uma melhor compreensão desses novos conceitos e acrescentadonovas metodologias na prática docente?É nesse sentido que esta pesquisa pretende buscar respostas ( que não sejam absolutas nemdefinitivas) a algumas dessas inquietações. Percebemos que os cursos de formação pelos quais osprofessores são preparados promovem a construção de novos conhecimentos, dessa forma, acredito sernecessário conhecer a formação do professor, notadamente do alfabetizador, e se o Programa deformação continuada para professores alfabetizadores, o Pró-Letramento, influencia a prática desseprofissional e como isso acontece.3 OS CAMINHOS DA PESQUISAEm termos metodológicos, trabalhamos com a pesquisa qualitativa de análise, visto que esseprocedimento mostra-se adequado dentro das concepções apresentadas por Bogdan e Biklen (1994)que concebem as metodologias de pesquisa qualitativas mais adequadas para o processo de pesquisanas ciências humanas. Estes autores discutem o conceito da pesquisa qualitativa e propõemfundamentos para a caracterização e utilização desse tipo de pesquisa em educação, por meio daexposição do seu percurso, métodos e bases teóricas. Esse tipo de análise vem ganhando cada vez maisespaço na área educacional, devido à melhor adequação à complexidade do cotidiano escolar.Na tentativa de responder à questão de pesquisa que norteia este trabalho iniciamos um estudoque tem como metodologia alguns elementos que se aproximam das características das pesquisas detipo etnográfico aproximando-nos do ambiente escolar (duas escolas da Rede Municipal de Ensino deRondonópolis-MT) e dos sujeitos da pesquisa. Como estratégia de pesquisa, utilizamo-nos deentrevistas semi-estruturadas (inicial e final), de observação de aulas, coleta de atividades dos alunosrealizadas em sala de aula durante as aulas de produção textual, bem como conversas informais sobreo trabalho da professora no cotidiano escolar.Apresentamos como sujeitos da pesquisa três professoras alfabetizadoras experientes, queparticiparam do programa Pró-Letramento no ano de 2010, oferecido pela SEMEC (SecretariaMunicipal de Educação e Cultura) de Rondonópolis, e que trabalham com as três primeiras fases doprimeiro ciclo, respectivamente.A coleta de dados ocorreu no segundo semestre de 2011 e contou com os seguintesinstrumentos: Entrevistas semi-estruturadas (inicial e final) Protocolos de Observação Coleta de atividades realizadas pelos alunos em sala, durante as observações.As observações realizadas tinham como objetivo principal verificar como estava sendodesenvolvida a prática pedagógica com a produção textual, quais os recursos utilizados pelasprofessoras e os gêneros textuais que circulam em sala. O enfoque maior destas observações era comoas professoras orientavam a produção de textos, se essa atividade era prazerosa e como se dava esseprocesso de escrita. Além disso, perceber a reação dos alunos frente a esse desafio que a escritarepresenta para todos nós.396

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