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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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PARTE II - MEMÓRIA DOS DIREITOS HUMANOSum pouco aflita. Iríamos reabrir feridas nunca de todo cicatrizadas, nela, em nóse nas gerações que vieram depois. O roteiro da entrevista já havia sido enviadoalguns dias antes. Nilce sabia quais eram os pontos que pretendíamos abordar eo que eles representavam em sua memória.Ficou explícito que avançaríamos até o limite do suportável, para ela e paranós. Pararíamos sempre que a dor superasse a emoção e tentaríamos de novo atéonde fosse humanamente possível tentar. Enfrentaríamos a dor, motivados peladimensão da memória refeita, da verdade a ser buscada e da justiça a ser exigida.Por certo, deixaríamos lacunas. Algumas delas, entretanto, não nos incomodamporque, afinal, a história é uma construção permanente movida pela condiçãohumana de aprender, fazendo e refazendo os caminhos da vida 139 .Contudo, com a transcrição da entrevista percebemos que não seria necessáriocomentá-la. O depoimento de Nilce é preciso, claro, transparente, fala porsi. Ao longo do texto, incluímos algumas notas de rodapé 140 para explicar algumtermo próprio da época, alguma expressão característica, um nome historicamenteimportante ou importante para a vida da entrevistada. Este foi nosso papel.Convidamos os leitores a viver o texto, a emocionar-se, a compreenderquantos e quantas, como Nilce, escreveram suas histórias entremeadas com ahistória do período, carregando consigo a construção da nossa tênue democracia.Revisando o texto percebemos ter em mãos mais que um depoimento. De fato,temos aqui um documento que saúda a vida, reescreve a história e rompe com apolítica do esquecimento.7.1 A ENTREVISTADe Ribeirão para a USP e o movimentoSV: Nós começamos hoje uma entrevista com a Nilce Azevedo Cardoso, quetem uma experiência de vida fantástica que o Brasil precisa conhecer... Já conhece148139 Outras lacunas, as ainda sustentadas por quem oprimiu e disseminou o terror de Estado nopaís – e ainda o faz, escondido pelo anonimato dos arquivos fechados e das paredes – esperamos quesejam mostradas à sociedade o quanto antes, a fim de que a história seja mais que uma só versão.140 Sempre que necessário recorrer a fontes que não o conhecimento acumulado pelos responsáveispela entrevista, boa parte das informações constantes nas notas do texto foram obtidas daWikipédia, enciclopédia virtual que, embora permita eventuais imprecisões em seus verbetes, segueuma ideia de construção e compartilhamento de saber de forma democrática, tal qual a ideia desociedade por que Nilce e outros(as) militantes lutaram entre 1964 e 1985 no Brasil.

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