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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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passando a exigir trabalhadores polivalentes que podem antecipar, identificar eresolver problemas, garantir qualidade e participar de equipes de trabalho.Entretanto, mesmo com a modificação dos critérios de qualificação para ainserção do trabalhador no processo produtivo, continuam a existir no Rio Grandedo Sul situações inadmissíveis (trabalho escravo, trabalho infantil e desrespeito àcondição física dos trabalhadores independente da área de atuação).A nova dinâmica produtiva tem um duplo e ambíguo movimento: obsolescênciados saberes profissionais tradicionais e esvaziamento do estatuto de trabalhoprofissional e deslocamento para os centros de formação escolar de uma dimensãodas mediações que antes se faziam no ambiente de trabalhoPara aumentar a qualidade produtiva e em reação à pressão do mercado,as empresas, aquelas que estão inseridas no mundo produtivo do capitalismocontemporâneo, estão optando por uma alternativa técnico/gerencial que se caracterizapor investir mais em equipamento do que em mão de obra. Com issorestam aqueles que estão fora da dinâmica do capital buscar, como estratégia desobrevivência, o setor informal ou os espaços da solidariedade.PARTE III - SOCIEDADE DE DIREITOS HUMANOS22410.7 CONSIDERAÇÕES FINAISO predomínio da estratégia patronal, acima descrita, permite caracterizaras atuais mudanças do processo de formação que tem no mundo do trabalho seulugar privilegiado.No RS, os discursos de progresso, da melhoria da qualidade de vida e dotrabalho não conseguem esconder; pelo contrário, o cotidiano de trabalho, a naturezacontraditória do progresso e da civilização modernas são lugares-comunsque exprimem de forma truncada e irreconhecível realidades complexas e contestadasde uma sociedade histórica particular, constituída e reduzida a um modelode todas as coisas: a sociedade capitalista da era pós-fordista e pós-keynesiana.Esse modelo de sociedade carateriza-se pelo desmantelamento deliberado doEstado e pelo hipercrescimento do Estado Policial que anula e elimina a crítica porconsiderá-la motivo de quebra da ordem. Nele, o esvaziamento do movimentosindical e a concepção de empresa fundada apenas na ideia única do valor acionárioconcorrem para que as relações sociais no interior das organizações sejamdesenvolvidas a partir de uma racionalidade instrumental, cujo aspecto mais

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