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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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PARTE III - SOCIEDADE DE DIREITOS HUMANOS258diálogo verdadeiro, que implica na troca de saberes e experiências e no compromissosolidário para com a humanidade do Outro. Assim, o conhecimento também nãoé produção individual, embora tenha alguns momentos de construção solitária,mas um processo intersubjetivo de trocas de diferentes saberes e interação, sempredesafiados pela prática coletiva. Pois, o sentido de construir conhecimento residena vida junto com os outros e não no interesse individual. É através da interaçãosocial que somos desafiados a transcender nossa ignorância e apreender um poucomais de “sabedoria”. Contudo, o diálogo crítico-problematizador não pode serentendido como uma conversa qualquer, ou algo espontâneo. Ao contrário, paraFreire (1993) ele requer algumas exigências radicais para que sejamos coerentescom o desafio da humanização.Uma primeira característica da postura dialógica, segundo Freire, é o pensarcerto. Ou seja, a coerência entre o dizer e o fazer; entre a teoria e a prática. Nãoé possível haver um diálogo se não houver o compromisso dos envolvidos nessaação dialógica em testemunhar sua forma de pensar e ver o mundo com a práticade intervenção no mesmo.Outra exigência é a esperança no ser humano. E a educação implica em confiarno futuro, ou em acreditar que todos os educandos irão aprender e a se desenvolverenquanto pessoas, pois ele é fundamentalmente vir a ser. Assim, também, é a lutapelos Direitos Humanos. Onde existir a desumanização estará ali a esperança deque os que mais sofrem todas as formas de agressão e violência contra sua dignidadepossam superar essa condição e desenvolverem-se como pessoas.O diálogo verdadeiro também exige o amor e a humildade, pois implicamna acolhida e no respeito ao Outro, em sua alteridade radical e, igualmente, naabertura e capacidade de escutar o que os outros têm a nos dizer. Sem a humildadenão há abertura para o diálogo e, assim, comumente as falas e tentativas deinteração se deterioram e inviabilizam o entendimento intersubjetivo.Igualmente, o diálogo requer o cultivo da visão crítica, pois tudo o que somose sabemos é relativo ao contexto e as coisas mudam exigindo, assim, novasleituras. Visão crítica é sinônima de dialética, de movimento que busca captaras transformações e ficar conectado às mudanças. Assim, para Freire, diálogo edialética são entendidos como palavras unívocas.Partindo das exigências acima e da metodologia do Tema Gerador, Freire(1993) fundamenta uma proposta de educação voltada para a formação daconsciência crítica: todo processo educativo, que visa transformar as condições dedesumanização e contribuir para que cada ser humano afirme sua autonomia,

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