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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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15.1 CONTEXTO E PROBLEMATIZAÇÃOPARTE III - SOCIEDADE DE DIREITOS HUMANOS310A temática das Humanidades Étnicas, que tenho me debruçado, enquantopesquisa nos últimos tempos, será concebida, também neste artigo, como precedentee gênese necessária para qualquer historização sobre o Movimento daNegritude em nível local, regional, universal. Por exemplo: o Movimento Negro,historicamente existente no RS, se consolidou a partir de uma das visões negras demundo possíveis sobre o Humano. Optar refletir sobre esta (e não aquela) visão édar-se conta de que não há unanimidade e unicidade quanto às visões negras demundo que se possam ter sobre o Humano e, ainda, constatar que, consciente ounão, expressar visão unilateral sobre a Humanidade Negra acaba mais limitandoo próprio conceito de Negritude a partir de uma matriz de pensamento padronizadae preconcebida do que ampliando-o ou democratizando-o no que tangea sua compreensão.Permita-se pensar: qual a visão negra de mundo que foi produzida pelosnegros no Rio Grande do Sul? Que condições a geraram? Seria possível a “ex--escravos”, naturalizados à força neste estado, manter, gerir ou resgatar uma concepçãode mundo originalmente negra? Seria possível a autenticidade ancestralem seus pensamentos e atos? Seria necessária esta autenticidade a eles? Como seconstituiria, em nossos dias, e como se constituiu, ao longo da História de nossoestado, a Humanidade provinda da Negritude em nível conceitual e existencial?O que significa ser Ser Humano Negro? A partir de qual concepção se poderia delineareste conceito ao longo da História Rio Grandense e em nossos dias? Seriapossível, hoje, haver cultura verdadeiramente negra, seria possível vivenciá-la? Oque definiria algo como essencialmente Pensamento Negro em nossos dias? Quantoda influência da cultura não negra e, por vezes, opressora e negadora da matrizoriginal negra, se radicou/radica subliminarmente no pensamento negro hodierno?Seria possível, no Brasil ou no Rio Grande do Sul, uma cultura essencialmentenegra ainda hoje? Seria necessário que houvesse tal cultura? Seria possível, emnossos dias, em nosso país um purismo étnico? Seria necessário?Estas são algumas das inquietantes interrogações que, na minha compreensão,a História foi constituindo, em forma de provocação, ao sentimento e à razãoimpelindo-os a procurar respostas estruturantes ou, no mínimo, refletir, nãoapressadamente, sobre.Sem dúvida, tais questionamentos elucidam a complexidade posta sob aquestão mesma da essência da Negritude que merecerá oportunamente apro-

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