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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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fundamento meticuloso. Este artigo, no entanto, centrará sua análise a partir daconvicção de que:a) a alteração da visão de mundo (cosmovisão) sobre o que chamamos real,pluralizando-a e instrumentalizando-a, é, sem dúvida, uma postura metodológica,que alarga a concepção sobre este mesmo real e que propicia aosseres humanos poder ser, enquanto indivíduos e etnias, a partir de si mesmose da materialização autêntica e intransferível de sua existência no mundo,excluindo-se, definitivamente, modelos padronizados e preconcebidos deser, fazer, conviver (já que a multiplicidade é característica do próprio real);b) que há outras Humanidades e outras formas legítimas de ser Ser Humanoe/ou de o humano ser;c) que há outros paradigmas ontológicos de humanidade.A visão sobre a realidade que se instaurou, em uma boa parte do mundochamado “capitalista”, potencializou a discriminação, o racismo, a intolerância, acompetitividade, o consumismo exacerbado, a hierarquização étnica; ressaltou aunilateralidade na análise e na constituição dos fatos e das coisas do mundo. Semdúvida, envoltos neste contexto, a maioria de nós temos dificuldade de pensarmose agirmos para além dos modelos estereotipados de o humano ser, em todos osníveis, oriundos dessa cultura.Na contramão desta lógica, este artigo quer fazer pensar sobre o diverso, sobrea multiplicidade de visões e sobre a constituição, tão humana quanto, de todasas visões, mesmo que forjadas sobre matrizes absolutamente diferentes e, muitasvezes, incompatíveis. Não há quadro de comparação entre as etnias diferentes anão ser por um exercício didático de ver ou tentar ver, naquilo que se mostra eque eu consigo abstrair, o todo outro; não há tábula, já escrita, onde devamos, aolê-la, nos inspirar e, de certa forma, reproduzi-la. Não há ou não deveria havernormatização, padronização, generalização de entendimento quando se trata,ontologicamente, de etnia, “pois cada um é cada qual”. Somos étnica e essencialmentedistintos. Entender a diferença – e não a igualdade, como constitutivoradical da relação étnica entre os seres humanos é pressuposto “sine qua non” parase entender a legítima individualidade no ser de cada etnia.15 - HUMANIDADES ÉTNICAS: “SOMOS IGUAIS, POIS RADICALMENTE DIFERENTES” - Pedro F. da Silva Filho311

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