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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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na tarde do dia 18 de maio porque não aguentava mais a pressão dos colegas emtorno do fato de ter sido estuprado. Ao contar para o superior imediato, foi encaminhadopara o Hospital e lá submetido a exames. Alegou que fora examinadono ânus por um enfermeiro. Não obteve nenhuma explicação a respeito de seuestado. Recebeu duas injeções durante os sete dias que esteve internado (entroudia 18 e saiu dia 25 de maio). Em nenhuma oportunidade, enquanto internado,teria recebido atendimento psicológico ou psiquiátrico. Ligou para sua mãe nodia 19 e informou que estava internado e não poderia participar da solenidade deEntrega da Boina. Não informou verdadeiro motivo por vergonha.21.4 ALEGAÇÕES DO PAI: L. A. K.PARTE IV - SITUAÇÃO ATUAL DOS DIREITOS HUMANOS382Os pais da vítima foram visitá-lo no dia 20 de maio. Quando chegaram naportaria, alegaram que não poderiam deixá-los entrar, exceto no horário de visita.Devido à insistência, conseguiram ir até o quarto. Estranharam o fato de ter umguarda permanentemente ao lado do seu filho. No sábado, dia 21, retornarampara visitar o filho e no domingo, 22, somente o pai. Na saída, ele recebeu umaligação de sua esposa, dando conta que teria sido informada por um infectologista,conhecido da família, a respeito duma violência sexual contra um soldado queestava internado no Hospital Militar. Suspeitava que fosse um caso envolvendoo filho do casal.A partir disso, o pai voltou ao quarto e obteve a confirmação de seu filhoque teria sido vítima de violência sexual de seus colegas. A partir de então, a mãefoi até o hospital e, mesmo contra a vontade do Comando do Exército, permaneceucom seu filho até o dia 25, quando o soldado deixou a instituição hospitalar.Na segunda-feira, 22, a mãe dele foi ameaçada de prisão, sob alegada insubordinaçãocontra autoridades militares dentro do quartel. Nessa oportunidade,no pátio do quartel, o subtenente Bernardes afirmou para os pais da vítima queo mesmo “era homossexual”. No mesmo dia, a família de D. P. K. contatou umadvogado que acompanhou o depoimento da vítima. Esse foi transcrito e impressonum computador portátil pelo próprio subtenente Bernardes. Não foi entreguecópia do documento para a vítima.O pai disse que a saída do seu filho do hospital se deu pelo fato de a imprensaestar noticiando a respeito do estupro, com informes diretos da frente dolocal. Não fosse isso, interpreta que não teria sido liberado. Narrou ainda, que

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