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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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PARTE III - SOCIEDADE DE DIREITOS HUMANOS262eventos de barbáries, massacres e guerras históricas. O amalgama da modernidade,acobertado pelo processo racional técnico e industrial, foi o fertilizante dasefervescências brutais como o Holocausto e demais conflitos que desencadearaminúmeras formas de violência e configurações preconceituosas e irracionais deuma civilização nomeada moderna. Diante disso, defendemos que a educaçãoem direitos humanos seja promotora de uma reflexão intensa sobre esses acontecimentos,através do desenvolvimento de um espírito crítico, alicerçado na ética,na responsabilidade com o Outro e no respeito às diferenças.Preconizamos, também, que a educação deva ser voltada para a emancipação,sendo assim, uma questão de direitos humanos. O vazio herdado do século XXpromove a indiferença social ao pensamento coletivo e suprime a ideologia do“nós”, que é a essência e que dá origem aos frutos produzidos pelas interrelaçõessociais. Vivemos num vácuo aparente de sentimentos, produzindo espaços estéreisde afetividade e solidariedade. Neste sentido, propomos que a educação em direitoshumanos contribua para uma reposição ética e consequente entre os povos,possibilitando o respeito e a igualdade ao ser humano. Para tanto, discorremos quea educação em direitos humanos parta de um processo dialógico e democrático,condições mínimas para a solução pacífica de conflitos e para a efetivação de umacultura em direitos humanos. Ponderamos que ela seja para além de suas leis eordenamentos jurídicos e que possa formar o caráter e a pessoa ética, que busquepor valores justos, tolerantes e fraternos, respeitando a alteridade do Outro, emsua singularidade.Apontamos que os direitos humanos não estão dissociados dos direitossocioeconômicos e culturais das sociedades, portanto não poderão efetivamenteocorrer diante de cenários marcados pela pobreza, miséria e injustiças. Esteselementos, frutos de um capitalismo exacerbado e perverso, são propulsores deinúmeras lutas sociais coletivas que denunciam e combatem suas várias formas deviolência humana. Para esses coletivos, a globalização, com sua lógica de exclusão,é um os principais entraves para reverter este quadro de injustiças, que proliferanas periferias do mundo e inibe a formação de uma sociedade inclusiva, sustentável,democrática, plural e justa. Contra essas limitações, segundo a concepçãofreireana, carecemos de uma educação humanizadora, que vá além do acúmulode conhecimento e que se traduza numa prática social e política permeada poruma proposta metodológica que parta do diálogo crítico e problematizador. Umdiálogo que se construa com base em novos saberes e produza possibilidades deuma pedagogia humanizadora e coerente com a luta pela libertação contra as

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