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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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PARTE III - SOCIEDADE DE DIREITOS HUMANOS254das estruturas geradoras de pobreza. E o que mobiliza seus ativistas é a utopia deoutro mundo possível: mundo de justiça; crítica ao capitalismo globalizado e aproposta de outro modelo de sociedade. Utopia de uma sociedade mais justa ede uma vida em condições mais dignas. Os direitos humanos são uma realidadedesejável, isto é, fins que merecem ser perseguidos, e que, apesar de sua desejabilidadenão foram todos eles (por toda a parte e em igual medida) reconhecidos(BOBBIO, 1992).O atual modelo econômico que aprofunda as desigualdades sociais é incompatívelcom a utopia que visa universalizar os direitos humanos. Se nosso sonho éa justiça e a igualdade de direitos de todas as pessoas e povos, não podemos manterum sistema de desigualdade como este que a economia capitalista sempre impôse sempre imporá. Neste sentido, a educação em direitos humanos é também umadenúncia de todas as injustiças, violências e exclusões por ele provocadas. Sem umamudança dos rumos da globalização com sua lógica de exclusão e desigualdade,os direitos humanos continuarão sendo letra morta para um número significativode pessoas. Nosso desafio maior na sociedade globalizada é a justiça para todos.Não basta pensar o respeito, as diferenças, o multiculturalismo, a diversidade. Éurgente pensar uma justiça global capaz de garantir as condições necessárias parauma vida decente. Aprender a conviver não basta; é preciso aprender a convivercom justiça e solidariedade. A cidadania política e a cidadania social são inseparáveis.O acesso aos bens materiais e às riquezas produzidas pela humanidade éuma exigência básica na luta pela universalização dos direitos humanos.A luta pelos direitos humanos pressupõe a busca pela justiça e por uma culturade solidariedade, onde caibam todas as pessoas e todas as culturas humanizadoras.No centro desse projeto se encontra a busca por justiça social, democracia, respeitoàs diferenças e a construção de uma nova cultura de direitos humanos. Educaçãoem direitos humanos é uma luta permanente contra a opressão e qualquer formade violação dos direitos humanos e, acima de tudo, para que os direitos humanossejam promovidos sempre mais, a fim de que o humano possa ser mais (MAGRI,2009). Por isso, os defensores dos direitos humanos muitas vezes são chamadosde comunistas, ou mesmo de estarem do lado dos bandidos. Esta ideia ou estavisão equivocada do tema é resultante do desconhecimento do projeto implícitona luta pelos direitos humanos, que tem como proposta a mudança do sistemavigente. O que une seus ativistas é o desejo, a utopia e o sonho de uma sociedadeinclusiva, sustentável, democrática, plural e justa.

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