12.07.2015 Views

Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ao ser perguntado a respeito de provável conclusão do inquérito, o generalEtchegoyen disse que o conjunto probatório não indicaria a ocorrência do crimealegado por D. P. K. “O que pode ter havido é uma espécie de luta corporal de brincadeiraentre os rapazes.” E foi taxativo ao dizer que se porventura ficasse provadarelação sexual, consentida ou não, todos serão punidos de acordo com a previsãolegal das Forças Armadas.Etchegoyen atribuiu a intensidade na divulgação do caso aos advogados queentraram no caso depois que o inquérito já estava em andamento. Insinuou queestes usam a imprensa como forma de fortalecer suas teses para futuras indenizaçõespecuniárias. Em que pese transparecer ceticismo quanto ao êxito da demanda deD. P. K., afirmou que possivelmente o Ministério Público ofereceria denúncia aoJudiciário, justificada pela repercussão do caso.Por fim, o Comandante Etchegoyen considerou que a pedido da Ouvidoriada Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, o Ministério Público, representadopelo Procurador Osmar Machado Fernandes está acompanhando todo odesenrolar do caso.21.3 AFIRMAÇÕES DO SOLDADO D. P. K.Na noite do dia 7 de julho de <strong>2011</strong>, a Comissão de Direitos Humanos,acompanhada pelo ex-deputado José Gomes, foram até Santa Maria, onde ouvirame registraram o relato do soldado D. P. K. e de seu pai, L. A. K.O soldado informou que fora punido com detenção de dez dias pelo seucomando em função de ausência no dia 24 de abril na prestação de serviço deplantão. Alegou que, após uma faxina no banheiro do alojamento, foi abordadopor quatro colegas. Teria sido então jogado numa cama e imobilizado de bruços.Por volta de 30 minutos ininterruptos, foi forçado a praticar sexo anal contra suavontade. Enquanto três lhe seguravam, havia um recruta que lhe introduzia o pênis.Somente um destes quatro jovens não teria efetuado penetração. Seus esforçospara desvencilhar-se foram insuficientes. Os demais soldados que compartilhavamo mesmo alojamento não vieram em seu auxílio.D. P. K. não sabe por quais razões lhe fizeram tal violência. Alegou que nãotinha nenhuma desavença com os referidos colegas. Contudo, confessou que eracomum fazerem brincadeiras de mau gosto com ele, invadindo periodicamente suaprivacidade. A vítima disse que somente informou o ocorrido ao sargento Freitas21 - RESQUÍCIOS DA DITADURA: O CASO DO SOLDADO DE SANTA MARIA - Deputado Estadual Jeferson Fernandes381

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!