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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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PARTE I - FUNDAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS82não resolvida que está em permanente redefinição e rearticulação. A sociedadepolítico-militar (Dreifuss,1989 apud Viola, 2008) sobretudo ao longo da abertura,não pôde se dar ao luxo de governar de acordo com os projetos que eramdeterminados de forma linear, simultaneamente a oposição não pode traçar umaresistência que seguisse uma linha de ascensão sem recuos ou limitações.Sendo assim, traçar a forma política desse embate, que não se quer inteiramenteautônomo e dicotômico, significa, muitas vezes, entender as razões pelasquais os representantes daquele Estado se colocaram na obrigação de recuar poralgumas situações em que a sociedade civil os impediu de avançar ao seu modo,e que, por outro lado e ao mesmo tempo, tinham poder suficiente para regularos passos tomados pela oposição. Não obstante, a sociedade civil alcançou algunsaspectos essenciais para a formação dos novos movimentos sociais, tais como:práticas políticas que os forçaram a reinventar suas identidades e representaçõescoletivas; o trabalho de construção de uma memória social que pôde fazer frenteà memória militar 84 ; e por fim a possibilidade de investirem numa cultura políticaantiautoritária que deu um passo importante para a virada da ordem políticavigente ao longo do sistema tradicional brasileiro.A Sociedade Civil gramsciana está inserida na teoria do Estado ampliadoque é constituída pela sociedade civil e pela sociedade política. De modo simplificadopodemos dizer que a primeira é entendida especificamente como asorganizações sociais que se preocupam com a politização da sociedade e têm porresponsabilidade disseminar uma ideologia. São exemplos notáveis as escolas, asigrejas, os partidos políticos, os sindicatos, e até mesmo os meios de comunicação.A segunda se define pelo exercício de coerção, moldados nos aparelhos estatais,onde se configuram os governos.Para Alfred Stepan “a sociedade civil tornou-se a celebridade política” demuitas transições latino-americanas recentes do regime autoritário (STEPAN,84 A disputa entre a memória social e a memória militar sugerida por nós não quer dizer queas versões, as experiências narradas estejam tão polarizadas a ponto de se dividirem, no caso doperíodo analisado, entre a resistência que estaria associada a constituição de uma memória social,e os militares que estaria associados a memória oficial. Para Alberti (2005) uma das grandesriquezas proporcionadas pela História Oral é a sua capacidade de ampliar as possibilidadesde interpretação do passado e, desse modo, “reconhecer a existência de múltiplas histórias,memórias e identidades em uma sociedade” (p.158). Sendo assim devemos estar cientes que“há uma multiplicidade de memórias em disputa” (p.167) e, por fim, reconhecermos que háuma diversidade, uma multiplicidade de memórias e que, “a melhor alternativa para evitarmosa polaridade simplificadora entre ‘memória oficial’ e ‘memória dominada’ é realizarmos umaanálise mais rica dos testemunhos obtidos em nossa pesquisa. (p.168)”

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