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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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do MFPA-RS fez parte da Comissão de Luta Contra a Ditadura que tinha comolema a frase: “Para que não se esqueça e para que nunca mais aconteça”.Conscientes de que as operações de conservação da memória nãosão espontâneas e nem naturais, os grupos que estiveram comooposição durante a ditadura permanecem com a tarefa de criareventos, rememorações, arquivos para que a memória da resistênciaseja conhecida e não caia no esquecimento. O dia 28 de agostodesde 1979, marca no calendário histórico no Brasil a sanção daLei de Anistia, que é emblemático para ensejar discussões sobre atransição política brasileira. Ao completar 21 anos da Lei 6.683/79no ano de 2000, no Memorial do RS foi realizada uma solenidadede comemoração pelo primeiro ano da criação da Comissão doAcervo de Luta Contra a Ditadura – formado em 2000, na gestãodo governador estadual Olívio Dutra. Na oportunidade criou--se um evento em que foram doados documentos que pudessemsubsidiar o conhecimento público da história da ditadura no RS.Na ocasião Mila Cauduro entregou documentos pessoais juntocom o advogado Omar Ferri à coordenadora do órgão, na época,a militante dos Direitos Humanos, Suzana Lisboa, que falousobre suas intenções em “construir um patrimônio da luta pelademocracia e de denúncia de violações da liberdade democrática edos direitos humanos cometidas durante a ditadura.” (CORREIODO POVO, 29/08/2000, p.06).Nas palavras da ex-presidente do MFPA-RS “o Memorial passa a ser o santuárioda história do RS.” (Idem). A criação de momentos, espaços, concretos ousimbólicos representam a fixação dos “lugares de memória”, e ainda contam comuma re(A)presentação do passado, e neste caso, de um passado que não desejamosser experimentado pelas novas gerações, no entanto este não deve ser omitido ouesquecido nem pelo presente e nem pelo futuro.Os vinte e um anos de ditadura civil-militar no Brasil deixaram muitas herançaspara a sociedade do final do século XX, e boa parte, senão por toda, doséculo XXI. Do lado do Estado estas heranças são incontáveis e catastróficas: portantas perdas consequentes da destruição de um projeto de reformas de base, quese reflete na desigualdade social, no sucateamento da educação, nas ilusões perdidasda reforma agrária; pelas perdas notáveis de pessoas que foram assassinadasou desaparecidas por agentes do Estado e dos que ficaram com sequelas, físicas4 - A LUTA PELA ANISTIA E OS DIREITOS HUMANOS NO RS: HERANÇAS FEMININAS - Mariluci C. de Vargasrança Nacional no Rio Grande do Sul (1964-1985): história e memória. 2ª ed. v. 4. Porto Alegre:Corag, 2010. P.101-118.95

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