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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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Eis porque, nós nos antepomos aos destinos da nação, que sócumprirá a sua finalidade de Paz, se for concedida a ANISTIAAMPLA E GERAL a todos aqueles que forem atingidos pelosatos de exceção.Conclamamos todas as Mulheres, no sentido de se unirem a estemovimento, procurando o apoio de todos quantos se identifiquemcom a ideia da necessidade da ANISTIA, tendo em vista um dosobjetivos nacionais: A UNIÃO DA NAÇÃO!As palavras deste Manifesto percorreram os demais estados brasileiros, servindocomo “espinha dorsal” do Movimento e se apresentava como o cartão devisita oficial da campanha já que foi elaborado por algumas familiares de pessoasenquadradas na Lei de Segurança Nacional. De 1975 a 1979 o MFPA se estruturouem núcleos espalhados por nove estados, além do pioneiro de São Paulo. Apóso segundo núcleo se formar mais oito estados aderiram ao Manifesto da MulherBrasileira pela Anistia, tendo como protagonistas familiares de presos, exilados,desaparecidos políticos.A ideia da Anistia Ampla e Geral que o grupo almejava apenas se modificouapós 1978 diante da forte adesão por parte dos novos movimentos sociais daconcepção de Anistia Ampla, Geral e Irrestrita elaborada pelo Comitê Brasileiropela Anistia. O objetivo maior do grupo, ou o projeto inicial deste movimentofoi calcado na demanda de Anistia do MFPA que visava alcançar a paz da naçãobrasileira, que só se alcançaria com a união da família nacional, a partir do retornodos familiares atingidos pelos atos de exceção.A paz era parte dos três princípios básicos levantados pela Organização dasNações Unidas para consolidar o Ano Internacional da Mulher, 1975, na conquistada Igualdade, Desenvolvimento e Paz. No ideário de Therezinha Zerbini o MFPAiria trabalhar com o princípio de paz, visando a Anistia como promovedora de“pacificação, a concórdia e a reconciliação da Nação consigo mesma” (ZERBINI,1979, p.05). Além da preocupação em promover a paz, o MFPA serviria de apoioà política de distensão do governo Geisel, e tinha como horizonte de expectativatransformar-se em um movimento pelos Direitos Humanos.Em Porto Alegre a tarde do dia 20 de junho de 1975 foi de encontro paraalgumas mulheres. A promotora da reunião: Lícia Peres; o local cedido: a sede daAssociação Rio-grandense de Imprensa (ARI) localizada no centro da capital; omotivo: “que se organizasse, no Rio Grande do Sul, um movimento, visando aanistia ampla, numa extensão do movimento criado em São Paulo pela advogada4 - A LUTA PELA ANISTIA E OS DIREITOS HUMANOS NO RS: HERANÇAS FEMININAS - Mariluci C. de Vargas85

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