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Relatório Azul 2011 - Assembléia Legislativa

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Pensar Trabalho e Direitos Humanos nos remete re-pensar que o mercadonão é a única forma de organização social e a introduzir a noção substantiva dodireito a ter direitos, indicando que é possível através do reconhecimento do sujeitoe na participação dos atores sociais a organização de outro tipo de sociedade.Desmistificar o raciocínio econômicoA recusa da manipulação lógica fundada na explicação do fazer humanofundado apenas no raciocínio econômico; que o agir humano está estruturado emtorno da busca racional do interesse próprio, cujo objetivo final é o lucro máximoe que está é a única e aceitável proposição da ação do homem;PARTE III - SOCIEDADE DE DIREITOS HUMANOS212Assim sendo, refletir sobre o futuro do presente, que é a proposta desteRelatório, tem sentido porque está no trabalho e no trabalhador a possibilidadede uma sociedade pensar práticas sociais, culturais e políticas qualitativamentediferentes.Por isso torna-se necessário não se deixar seduzir pela noção que as relaçõessociais existentes nos diferentes espaços sociais só podem ser explicadas apenaspor um tipo de lógica: a econômica.As mutações em curso da economia, no trabalho, na vida das pessoas, parecemindicar que a crise é inerente ao sistema capitalista. Se nos debruçarmos sobre osúltimos 25 anos, vamos encontrar várias crises vividas pelo capitalismo mundialem maior ou menor grau, que afetaram o sistema como um todo. Qualquer crisenão é passageira, ao contrário, faz parte dos novos tempos. Novos tempos que insinuamuma estranha combinação, que mistura dois estados de espírito: a sensaçãode partida para um mundo novo, e uma sensação de que o velho já não existe, eque as pessoas estão confrontadas com uma situação completamente nova, queexige respostas novas, diferenciadas. Isso não é inteiramente falso, mas tambémnão é inteiramente correto.Não é correto, porque existe uma considerável continuidade no modo decaracterizar o trabalho e, mesmo com os avanços da tecnologia, o modo de perceberos direitos dos trabalhadores reduz tudo a aspectos puramente técnicos,relativizando a questão ética do reconhecimento como direito necessário a mediaçãoe a sociabilidade.

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