14.04.2017 Views

Manual de Direito Civil - Flávio Tartuce - 7ª Ed. - 2017

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor<br />

Art.<br />

que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob<br />

ação<br />

10. O cônjuge somente necessitará do consentimento do outro<br />

Art.<br />

propor ações que versem sobre direitos reais imobiliários.<br />

para<br />

1.º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: § 1.º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para as ações:<br />

§<br />

único renumerado pela Lei n.º 8.952, <strong>de</strong> 13.12.1994.)<br />

(Parágrafo<br />

– que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o<br />

I<br />

<strong>de</strong> separação absoluta <strong>de</strong> bens;<br />

regime<br />

– resultante <strong>de</strong> fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou <strong>de</strong> ato<br />

II<br />

por eles; praticado<br />

– fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da<br />

III<br />

família;<br />

– que tenha por objeto o reconhecimento, constituição ou extinção<br />

IV<br />

ônus sobre imóvel <strong>de</strong> um ou <strong>de</strong> ambos os cônjuges.<br />

<strong>de</strong><br />

2.º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do<br />

§<br />

somente é indispensável nas hipóteses <strong>de</strong> composse ou <strong>de</strong> ato por<br />

réu<br />

3.º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos<br />

§<br />

autos.<br />

– que versem sobre direitos reais imobiliários; (Redação dada pela Lei<br />

I<br />

8.952, <strong>de</strong> 13.12.1994.)<br />

n.º<br />

– resultantes <strong>de</strong> fatos que digam respeito a ambos os cônjuges ou <strong>de</strong><br />

II<br />

praticados por eles; (Redação dada pela Lei n.º 5.925, <strong>de</strong><br />

atos<br />

– fundadas em dívidas contraídas pelo marido a bem da família,<br />

III<br />

cuja execução tenha <strong>de</strong> recair sobre o produto do trabalho da<br />

mas<br />

ou os seus bens reservados (redação dada pela Lei n. 5.925, <strong>de</strong><br />

mulher<br />

1.º.10.1973)<br />

– que tenham por objeto o reconhecimento, a constituição ou a<br />

IV<br />

<strong>de</strong> ônus sobre imóveis <strong>de</strong> um ou <strong>de</strong> ambos os cônjuges.<br />

extinção<br />

2.º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do<br />

§<br />

somente é indispensável nos casos <strong>de</strong> composse ou <strong>de</strong> ato por<br />

réu<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong><br />

Novo Código <strong>de</strong> Processo <strong>Civil</strong><br />

Código <strong>de</strong> Processo <strong>Civil</strong> Antigo<br />

o regime <strong>de</strong> separação absoluta <strong>de</strong> bens.<br />

(Redação dada pela Lei n.º 8.952, <strong>de</strong> 13.12.1994.)<br />

1.º.10.1973.)<br />

(Redação dada pela Lei n. 5.925, <strong>de</strong> 1.º.10.1973.)<br />

ambos praticado.<br />

ambos praticados. (Incluído pela Lei n.º 8.952, <strong>de</strong> 13.12.1994.)<br />

Foi mantida a regra antece<strong>de</strong>nte, agora no art. 74 do CPC/2015, no sentido <strong>de</strong> que tal consentimento para as<br />

ações reais sobre imóveis possa ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo<br />

motivo, ou quando lhe seja impossível concedê­lo. Em complemento, a falta <strong>de</strong> consentimento invalida o<br />

processo quando necessário e não suprido pelo juiz. Essas eram as premissas expostas no art. 11 do CPC/1973,<br />

sem qualquer mudança mais substancial.<br />

O novo dispositivo processual da tabela <strong>de</strong>ve ser confrontado com o antes exposto art. 1.647, II, do Código<br />

<strong>Civil</strong>, que faz a mesma exigência, <strong>de</strong> outorga conjugal, para as ações que dizem respeito a direitos reais<br />

imobiliários. E, diante da previsão do § 3.º do art. 73 do Novo CPC, essa exigência passa a ser presente nos<br />

casos <strong>de</strong> união estável comprovada nos autos (outorga convivencial).<br />

A dúvida que se retoma é a seguinte: nas situações dos <strong>de</strong>mais incisos do art. 1.647, que concernem a atos<br />

puramente materiais, como a venda ou outras alienações <strong>de</strong> imóvel, como ficam a fiança e a doação <strong>de</strong> bens<br />

comuns? Haverá necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outorga convivencial em tais hipóteses?<br />

Já foi <strong>de</strong>monstrado que o tema divi<strong>de</strong> tanto a doutrina quanto a jurisprudência nacionais, havendo correntes<br />

que respon<strong>de</strong>m positiva e negativamente à pergunta formulada.<br />

Acrescente­se que, ao final <strong>de</strong> 2014, surgiu outra forma <strong>de</strong> julgar na Superior Instância, que parece indicar<br />

uma terceira via, respon<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> para a necessida<strong>de</strong> da outorga convivencial nos casos <strong>de</strong>scritos no art.<br />

1.647 do Código <strong>Civil</strong>. Conforme acórdão publicado no Informativo n. 554 do Tribunal <strong>de</strong> Cidadania, <strong>de</strong><br />

fevereiro <strong>de</strong> 2015, a invalida<strong>de</strong> da venda <strong>de</strong> imóvel comum, fundada na ausência <strong>de</strong> outorga do companheiro,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da publicida<strong>de</strong> conferida à união estável. E essa publicida<strong>de</strong> se dá mediante a averbação <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong><br />

convivência ou da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>claratória da existência <strong>de</strong> união estável no Cartório <strong>de</strong> Registro <strong>de</strong> Imóveis em que<br />

cadastrados os bens comuns, ou da <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> má­fé do adquirente (STJ, REsp 1.424.275/MT, Rel. Min.<br />

Paulo <strong>de</strong> Tarso Sanseverino, j. 04.12.2014, DJe 16.12.2014).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!